
O ex-assessor Filipe Martins é investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de estado
Por Redação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, que foi confirmada pela defesa de Martins, ocorre após ele passar seis meses em prisão preventiva. Segundo informações da defesa, o alvará de soltura já foi processado pela penitenciária, e a companheira de Martins, Anelise, está a caminho do presídio para acompanhar a sua libertação.
Martins foi preso sob a acusação de ter deixado o Brasil a bordo do avião presidencial de Bolsonaro no dia 30 de dezembro de 2022, rumo aos Estados Unidos. Ele é investigado no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. Contudo, ao longo dos últimos meses, a defesa apresentou diversos documentos que contestavam essa versão, sustentando que Martins não acompanhou Bolsonaro na viagem.
Entre os documentos apresentados está uma resposta do U.S. Customs and Border Protection (CPB), do Department of Homeland Security (DHS), confirmando que não há registro de entrada de Martins em Orlando na data de 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro chegou ao país. O órgão americano indicou que a última entrada de Martins nos Estados Unidos ocorreu em setembro de 2022, por Nova York, em uma viagem oficial para acompanhar o ex-presidente na Assembleia Geral da ONU.
A defesa de Martins argumenta que houve um erro na avaliação inicial da Polícia Federal, que teria considerado um documento informativo emitido pelo CPB, conhecido como Travel History de um formulário I-94, que apontava erroneamente a chegada de Martins em Orlando. A própria CPB adverte que este documento é meramente informativo e não pode ser utilizado para fins legais.
Além disso, a defesa apresentou a lista de passageiros do voo presidencial de 30 de dezembro de 2022, obtida por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), na qual o nome de Martins não consta. Também foram protocoladas fotografias, pedidos de Ifood e registros de geolocalização pelo Uber, como provas adicionais de que ele permaneceu no Brasil na data em questão.
Com essas novas evidências, a defesa reforçou que Martins não estava a bordo do avião presidencial e que as acusações contra ele não têm fundamento. A decisão de Alexandre de Moraes pela soltura de Martins encerra um período de incertezas para o ex-assessor, que agora aguarda os próximos desdobramentos do inquérito.
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Da Redação do Agenda Capital
Revivemos um periodo negro da historia da humanidade.
Agora podemos dizer que tambem tivemos uma inquisição, a diferença é que a nossa não esta sendo comandada pela igreja católica e sim pelo rei.