Aewroporto de Brasília Juscelino kubitschek. Foto: Delmo Menezes / Agenda Capital.

Informação foi anunciada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, após aval da Casa Civil.

Por Redação

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse nesta sexta-feira (10) em Brasília. que o governo decidiu adiar em uma semana a entrada em vigor da portaria que exige a apresentação de comprovante de vacinação aos viajantes que queiram entrar no Brasil por via aérea ou a quarentena de cinco dias para quem não estiver imunizado contra a covid-19. A decisão foi tomada em razão do ataque hacker sofrido pela pasta nessa madrugada.

Viajantes não vacinados há no mínimo 14 dias passariam a cumprir quarentena obrigatória por cinco dias.

O ConecteSUS saiu do ar na madrugada desta sexta após um ataque hacker. Nesta semana, o governo publicou uma portaria que impõe quarentena a quem não estiver vacinado e quiser entrar no Brasil por via aérea. A portaria entraria em vigor neste sábado (11). Todos os portais da pasta, como o “ConecteSUS” e o “Portal Covid” também foram afetados.

“O Ministério está estruturando algumas ações que vão ser tomadas em função da indisponibilidade em especial do sistema da vacina”, disse o secretário-executivo.

“Mas uma decisão posso antecipar. Estive na Casa Civil, e a gente vai postergar a vigência da portaria que trata das fronteiras. Em especial, aqueles itens que falam sobre a apresentação do certificado de vacinação, ou, em caso contrário, o cumprimento da quarentena”, complementou.

Rodrigo Cruz informou que a equipe do DataSUS está trabalhando para o restabelecimento da base de dados, mas ainda não há um prazo concreto. Por isso, por precaução, o governo deve publicar, ainda nesta sexta (10), uma portaria postergando por sete dias o início da vigência das regras que estavam previstas para iniciar neste sábado.

O secretário ainda informou que o Ministério vai se reunir para estruturar todas as ações na tarde desta sexta (10), e convocará uma coletiva de imprensa para detalhar as medidas que forem decididas.

O grupo “Lapsus$ Group” assumiu a autoria do ataque cibernético, e disse ter retirado 50 terabytes de dados do sistema. Esse tipo de ataque, chamado “ransomware”, acontece, basicamente, quando um servidor é infectado e o programa bloqueia acesso a esses dados.

De acordo com especialistas, o ataque direcionado ao site do SUS não se trata de um ransomware, o fato que realmente aconteceu é que o site ocorreu um redirecionamento de DNS (que é como o serviço de internet resolve o caminho dos sites).

Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, “Esse ataque foi identificado de uma forma muito rápida. A empresa que presta o serviço de nuvem ao Ministério da Saúde bloqueou todos os acessos. Até o começo da manhã o Ministério conseguiu restabelecer todos os serviços que são prestados. Mas, ainda assim, alguns serviços estão indisponíveis, como o ConecteSUS”, explicou Rodrigo Cruz.

“A gente não pode dar muito detalhes do ataque, porque a Polícia Federal (PF), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e todos os órgãos de controle estão investigando o caso. E eles pedem para não dar muito detalhes em relação ao ataque em si porque o trabalho de investigação está sendo realizado. Para a gente não prejudicar o que está sendo feito lá”, complementou Rodrigo Cruz.

Da Redação do Agenda Capital

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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