Mais de 1,7 milhão de pessoas na Holanda foram infectadas com COVID-19 desde o início da pandemia, incluindo 17.765 pessoas que morreram
Por Delmo Menezes
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, pediu desculpas e reconheceu em conversa com jornalistas que o relaxamento das restrições realizado no final de junho deste ano, foi um erro de julgamento. O líder holandês ainda pediu desculpas por não ter feito essa reflexão durante a coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (9), ocasião em que juntamente com o Ministro da Saúde, Hugo de Jonge, declarou ter tomado a melhor decisão com as informações que tinha no momento.
No evento de sexta, foi anunciada a introdução de novas medidas, como o fechamento de casas noturnas após apenas duas semanas de funcionamento. A utilização de máscaras, no entanto, continuará a ser obrigatória apenas nos transportes públicos. No último sábado, o país registro o maior número de novas infecções desde o Natal.
O anúncio de sexta-feira seguiu um conselho urgente da Equipe de Gerenciamento de Surtos, que espera que a pressão sobre o sistema de saúde aumente em breve, embora esteja atualmente em declínio. Na sexta-feira, apenas 12 pessoas deram entrada no hospital.
“Se o aumento entre adolescentes e pessoas na casa dos vinte anos continuar, ele se espalhará cada vez mais entre a população não vacinada e os vulneráveis, e esse grupo chega a mais de 3 milhões de pessoas”, disse a equipe em seu conselho. “A pressão sobre o sistema de saúde aumentará substancialmente em paralelo.”
A Holanda relatou mais de 10.000 novos casos de coronavírus no sábado, um aumento de oito vezes em comparação à semana passada, depois que a maioria das restrições foi suspensa, apesar do aumento da variante Delta de rápida disseminação.
O Instituto Nacional de Saúde Pública (RIVM) disse que 10.345 novos casos foram notificados no sábado, o maior aumento em um dia desde 25 de dezembro. Isso se compara a 1.146 novos casos no mesmo dia da semana passada.
“A taxa de infecção por coronavírus na Holanda aumentou muito mais rápido do que o esperado desde a reabertura do comércio, bares e restaurantes”, disse o governo em um comunicado na sexta-feira. “A maioria das infecções ocorreu em locais de diversão noturna e festas com um grande número de pessoas.”
A virologista Marion Koopmans, que faz parte do Outbreak Management Team, disse que restrições mais duras não podem ser descartadas se os casos continuarem a aumentar nos próximos dias. “Estamos observando de perto o que acontece na próxima semana”, disse ela à mídia local.
Mais de 1,7 milhão de pessoas na Holanda foram infectadas com COVID-19 desde o início da pandemia, incluindo 17.765 pessoas que morreram, de acordo com o NewsNodes . Quase 6,5 milhões de pessoas, ou 37,1% da população, estão totalmente vacinados contra COVID-19.
Da Redação do Agenda Capital e Agências
