Português reconhece que terá dificuldades para remobilizar atletas para continuar vencendo em 2024; Leila Pereira diz que fará o ‘possível e o impossível’ para segurá-lo no clube

Por Marcos Antomil

O técnico Abel Ferreira manteve o suspense sobre sua permanência como técnico do Palmeiras para 2024. Após a conquista do bicampeonato brasileiro em empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, o português reforçou seu cansaço com as exaustivas temporadas no futebol do País e comentou não saber o que vai acontecer. Ele é alvo do Al-Sadd, do Catar, que estaria disposto a torná-lo o treinador mais bem pago do mundo.

“Vocês sabem que eu tenho contrato. Não posso garantir nada. Quando cheguei ao Palmeiras não podia prometer títulos, apenas uma equipe de qualidade. Eu tenho contrato (até dezembro de 2024) e qualquer coisa que aconteça… Não sei o que vai acontecer. Estou cansado. Preciso de férias. Dia 17, já voltamos a competir. É muito difícil para mim”, disse Abel.

Abel Ferreira ainda não sabe se fica ou sai do Palmeiras em 2024. Foto: Yuri Edmundo 

O treinador lusitano também apontou a dificuldade que terá para reunir forças e mobilizar os jogadores para fazer mais uma temporada vitoriosa em 2024. Abel já conquistou nove troféus com o Palmeiras e reconhece as dificuldades futuras.

“É fácil ganhar uma ou duas vezes. Agora nove de maneira consistente! Isso traz um ônus e um bônus. Todos esperam que a gente faça sempre mais e melhor. Os atletas já me deram muito. Não sei se tenho energia suficiente para tirar o máximo deles”, afirmou Abel.

“Para o ano que vem vai ser pior ainda, não teremos descanso, vai ser jogo atrás de jogos. O ano seguinte vai ser pior que este, vamos ter jogadores chamados para seleções, começamos dia 17 (de janeiro) a competir, os clubes do Paulista estão se preparando para enfrentar um Palmeiras que ainda vai estar de férias e quando voltar vai ter toda a gente a querer ganhar do Palmeiras. E o que vão exigir a mim? Que faça melhor do que fiz no ano passado”, completou sobre a pressão para o próximo ano.

Para o treinador, ao contrário das decisões feitas anteriormente, de acordo com ele “de forma egoísta”, a escolha dessa vez será pensando principalmente em sua família. “Chegou a altura de eu dar todo tempo a minha família que eu, em função do trabalho que tenho, retirei. É verdade que vou decidir, mas o que vou decidir é o melhor para a minha família, não é o que é o melhor para o Abel”, disse.

“O futebol tem coisas mágicas, mas outras que nos tira muito”, lamentou o português.

Após a entrega na taça no Mineirão, jogadores do Palmeiras, como Endrick e Raphael Veiga falaram da dúvida sobre a permanência de Abel. Ambos afirmaram que o técnico não deu sinais sobre sua decisão. O meia chamou o treinador de “incógnita”.

A presidente Leila Pereira também procurou se esquivar do assunto Abel Ferreira e afirmou que era momento de comemorar o título. No entanto, a mandatária disse esperar uma decisão o quanto antes, ainda nessa semana, e expôs que fará “o possível e o impossível” para que o português continue trabalhando no Palmeiras. O treinador disse que vai para casa, com sua família, rever os pais e os amigos e descansar. “Não deixa de ser verdade que tenho um bom contrato aqui. Mas quero ter tempo para gastar o meu dinheiro”, disse Abel.

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Com Estadão

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