Mais de 30 ficaram feridos; atropelamento na Ponte de Londres e ataque com facas em um restaurante na capital inglesa agravam situação de tensão antes de eleição britânica

Por Redação

LONDRES – Dois ataques terroristas no coração de Londres levaram pânico à população na noite deste sábado, 3, causando nove mortes – sendo seis vítimas fatais e três terroristas que foram mortos pela polícia. Mais de 30 pessoas ficaram feridas e foram levadas para os hospitais da capital inglesa.

Por volta das 22 horas (18 horas em Brasília), a Ponte de Londres foi fechada após testemunhas relatarem que uma van branca em alta velocidade subiu na calçada e atropelou ao menos seis pedestres. A jornalista da BBC Holly Jones, que estava no local no momento do ataque, contou que viu uma van dirigida por um homem e pelo menos cinco pessoas foram atendidas por serviços de emergências com lesões. Jones disse ainda que viu um homem, sem camisa, ser algemado e detido.

Foto: AP Photo/ Matt Dunham

Minutos depois, surgiram informações sobre pessoas esfaqueadas em um restaurante no Borough Market, conhecido centro perto da Ponte de Londres. Imagens mostraram clientes assustados quando policiais entraram no local com armas na mão, gritando “fiquem abaixados”. A polícia disse ter efetuado disparos e comunicou a quem quer que estivesse nas zonas afetadas que corressem e se escondessem.

A cinco dias da eleição no Reino Unido – antecipada pela primeira-ministra Theresa May -, o caso pode influenciar o cenário político.

“Foram ataques deliberados e covardes contra londrinos inocentes”, afirmou o prefeito de Londres, Sadiq Khan.

A primeira-ministra Theresa May acompanhou a situação com os serviços de Segurança. “Quero expressar minha imensa gratidão à polícia e aos serviços de emergência. Nossos pensamentos estão com aqueles afetados por esses terríveis atos.”

Police attend to an incident on London Bridge in London, Britain, June 3, 2017. Reuters / Hannah McKay

A polícia britânica procurava por suspeitos, mas ainda não há informações sobre quantas pessoas teriam cometido os ataques e se alguma havia sido morta pela polícia. Um homem que aparece em imagens caído no chão e com objetos metálicos presos ao corpo pode ser um dos autores dos ataques.

Um terceiro incidente chegou a ser registrado na região de Vauxhall, também em Londres, mas a polícia descartou que tivesse relação com terrorismo.

Medo. O Reino Unido já estava em estado de alerta pela série de ataques. No dia 22 de março, um homem lançou seu carro contra dezenas de pessoas na ponte de Westminster. Na sequência, ele matou a facadas um policial que estava em serviço na frente do Parlamento. Cinco pessoas morreram.

No dia 22 de maio, a Grã-Bretanha foi alvo de um ataque que deixou 22 mortos em Manchester, no final do show da cantora americana Ariana Grande. Nele, um jovem britânico de origem líbia se detonou, em um episódio reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Segurança. O presidente americano, Donald Trump, foi informado sobre os ataques e, mesmo antes da confirmação de que se tratavam de terrorismo, aproveitou para reforçar a necessidade de mais medidas de segurança. “Temos que ser inteligentes, vigilantes e fortes. Precisamos que as cortes nos devolvam nossos direitos”, escreveu Trump em seu Twitter, se referindo ao decreto migratório que está paralisado e deve ser analisado pela Suprema Corte.

O presidente também disse que os EUA farão tudo o que for necessário para ajudar Londres nas investigações.

Da Redação com Estadão /AFP, AP, NYT e REUTERS

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here