Por Coluna Painel
O candidato, nos braços de apoiadores, trajando a camisa que diz “Meu partido é o Brasil”, verde e amarela, é esfaqueado, cai é sai socorrido pelo povo. Coordenadores de todas as campanhas admitem que a cena trágica mudou a história da eleição. Ainda sob o impacto da notícia, rivais se preparam para uma forte onda de comoção. Depois, vão tentar redirecionar o debate. O atentado, dizem, só reforça que esta deve ser uma campanha contra a violência.
Ideia fixa
A preocupação de Bolsonaro com segurança era constante. Desde janeiro deste ano ele fazia algumas atividades com colete a prova de balas, armado e sempre com seguranças. Carro, só blindado. Nos últimos meses, começou a dizer a aliados que temia um atentado.
Ideia fixa 2
A tese de que poderia ser abatido por um desafeto político era, inclusive, um dos motivos que o presidenciável citava para andar de avião de carreira. Ele dizia que tinha medo de ser vítima de uma emboscada em aeronave particular.
Nos mínimos detalhes
Bolsonaro evitava, inclusive, consumir água e alimentos cuja a procedência não conhecesse.
Emoção à parte
Mesmo atordoados, aliados do candidato reconhecem que, politicamente, a tragédia pode catapultá-lo na disputa presidencial. Em grupos de apoio ao presidenciável, simpatizantes chegaram a dizer que o ataque cacifaria o PSL para uma vitória no primeiro turno.
Tempo ao tempo
A velocidade da recuperação do candidato, que chegou em estado grave ao hospital, vai obrigar a campanha a rever sua estratégia.
Dia após o outro
Rivais de Bolsonaro preveem um reflexo rápido do atentado nas pesquisas de intenção de votos. Admitem que haverá comoção num primeiro momento, mas dizem que, passado o impacto inicial, será possível reposicionar o debate na linha “violência gera violência”.
Sempre ela
A cúpula do PT orientou integrantes do partido e deu ordem de que só fossem feitas manifestações de solidariedade a Bolsonaro. A primeira reação da ex-presidente Dilma Rousseff foi criticada. “Quando se planta ódio, colhe tempestade”, ela disse.
A que ponto chegamos
O ataque deixou perplexos integrantes dos três Poderes. O presidente Michel Temer relatou o assunto a aliados com preocupação. No Supremo, um ministro resumiu o clima: “Estamos todos chocados”.
A que ponto chegamos 2
Os magistrados lembraram do atentado a tiros à caravana de Lula, antes da campanha, e lamentaram “os radicais que estão por toda parte”.
Da Redação com informações da Coluna Painel /Folha de S. Paulo