Doze jogadores do elenco belga atuam na Premier League, outros já passaram por lá, e treinador também tem vínculo com o país do adversário. Partida será nesta quinta-feira
Por Redação
Uma Bélgica quase inglesa enfrenta justamente a Inglaterra nesta quinta-feira, às 15h, em Kaliningrado, pela terceira rodada do Grupo G da Copa do Mundo da Rússia. Dos 23 convocados para representar a camisa belga no Mundial, 12 atuam na Premier Legue. É mais de metade do elenco. E outros têm vínculos fortes com o país do adversário, incluindo o técnico Roberto Martínez.
Dá para formar um time completo com os belgas que atuam na Inglaterra. E um time dos bons: Courtois, Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Dembélé, Fellaini, Chadli, De Bruyne e Hazard; Batshuayi e Lukaku. E ainda sobra um goleiro reserva, Mignolet.
Chelsea (com o goleiro Courtois, o meia Eden Hazard e o atacante Batshuayi, que está de volta após ser emprestado ao Borussia Dortmund na última temporada) e Tottenham (com os zagueiros Alderweireld e Vertonghen e o meia Dembélé) são os clubes mais representados no elenco belga, seguidos pelos rivais de Manchester, o City (com Kompany e De Bruyne) e o United (com Fellaini e Lukaku). O Liverpool tem o goleiro Mignolet, e o West Bromwich conta com o meia Chadli.
Na Bélgica, os atletas são comandados por Roberto Martínez, um espanhol que deve grande parte de seu sucesso à Inglaterra. Foi lá que ele começou a carreira como treinador, no Swansea. Depois, passou ainda por Wigan e Everton antes de ser chamado para comandar a seleção belga.
O elenco tem ainda jogadores que não atuam na Premier League, mas deixaram marcas por lá. É o caso de Varmaelen, zagueiro do Barcelona, que atuou por cinco temporadas no Arsenal; ou do também defensor Boyata, atual jogador do Celtic, da Escócia, mas revelado pelo Manchester City. Também em Manchester, mas no United, jogou o meia Januzaj por quatro temporadas.
O porém é que boa parte dos jogadores belgas pode não ter a chance de enfrentar a Inglaterra. Como a Bélgica já está classificada para as oitavas de final, Martínez pretende preservar titulares.
Neste momento estamos classificados. Essa era a prioridade. Agora temos que olhar individualmente. Temos que competir bem, mas nossa prioridade não é vencer. Temos jogadores pendurados, não vamos correr risco de perdê-los no mata-mata. Também há jogadores com pequenos problemas físicos. É muito importante protegê-los e deixá-los nas melhores condições. Eu acredito em todos os jogadores do elenco, seria estúpido não acreditar neles para esta partida. Acredito que temos a contribuição dos 23 jogadores. É uma chance de o grupo crescer. Nossa prioridade é que todos possam contribuir. Se pudermos vencer amanhã, bom, mas não é essa a prioridade – explicou o treinador.
Inglaterra 100% caseira
A Inglaterra tem os 23 convocados atuando no próprio país – não à toa, as duas seleções se conhecem muito bem. Metade dos 20 times que disputaram a Premier League na última temporada tem ao menos um representante no elenco treinado por Gareth Southgate.
Além de Manchester City, Manchester United, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham, há quatro clubes representados:
- Os três goleiros são de equipes diferentes: Jordan Pickford (Everton), Jack Butland (Stoke City) e Nick Pope (Burnley)
- Dois jogadores são do Leicester City, campeão inglês em 2015/16: o zagueiro Harry Maguire e o atacante Jamie Vardy
Inglaterra e Bélgica parecem ter uma relação bem amistosa. Tanto é que, fora eles próprios obviamente, os belgas contaram que torcerão pelos ingleses.
– A Inglaterra tem um time bom e jovem. Espero que eles sigam em frente, contanto que também sigamos – disse o zagueiro Vermaelen.
– Há uma clara estrutura no time do Gareth Southgate. E a Inglaterra tem uma geração com desejo, vontade e muita qualidade. É um trabalhador meticuloso e desejo a ele toda a sorte depois de amanhã – afirmou Roberto Martínez.
Da Redação com informações do GE
