Ministro do STF André Mendonça. Foto: Reprodução

Por Redação*

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá nomear o atual advogado-geral da União, André Mendonça, para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, apurou a CNN nesta segunda-feira (27).

O primeiro nome cotado para substituir Sergio Moro na pasta era o do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, advogado e amigo da família Bolsonaro.

Se confirmado no Ministério da Justiça, Mendonça terá a Polícia Federal sob seu guarda-chuva no momento em que a mudança no comando da corporação foi o estopim da saída de Moro do governo.

O ex-juiz pediu demissão acusando Bolsonaro de interferir politicamente na PF, reclamar de apurações sobre aliados e pedir informações sobre investigações em andamento. O presidente negou interferência e acusou Moro de condicionar a troca do diretor-geral da PF à promessa de uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o que o ex-juiz nega.

Bolsonaro deve nomear o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, para substituir Maurício Valeixo no comando da PF. Valeixo participou de investigações da Operação Lava Jato e foi uma indicação de Moro. Ramagem é amigo da família Bolsonaro.

Perfil

Advogado da União desde 2000, Mendonça chegou ao comando da AGU depois de passar por diversos cargos na administração pública. A AGU representa a União em processos no Judiciário e presta consultoria jurídica ao Poder Executivo. 

Formado pela Faculdade de Direito de Bauru (SP), Mendonça é doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e Políticas de Integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha, segundo informações disponíveis no site da AGU. Também é pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília (UnB).

Mendonça recebeu em 2011 o Prêmio Innovare, voltado para as melhores práticas exercidas no Poder Judiciário, pela idealização e coordenação de um grupo na AGU dedicado à recuperação de ativos desviados em casos de corrupção, que recuperou bilhões de reais aos cofres públicos.

*Com informações da CNN/Estadão 

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