Gabriel Boric, de 35 anos, será o próximo presidente do Chile. 

Por Redação 

O ex-líder estudantil e deputado de centro-esquerda venceu ontem o segundo turno das eleições presidenciais, obtendo 55,87% dos votos, contra 44,13% do ex-deputado de extrema-direita José Antonio Kast. Além de ser o presidente mais jovem da história do país, Boric é também o mais votado: 4.620.671 votos, um recorde histórico no Chile, onde o comparecimento às urnas não é obrigatório. 

Falando para milhares de apoiadores no centro de Santiago, Boric prometeu ser o presidente “de todos os chilenos” e agradeceu “a todos os que foram votar”, incluindo os eleitores de seu adversário, e dos demais candidatos que participaram da eleição. Voltando a um tema constante de sua campanha, ressaltou a importância da diversidade. “Em nosso governo, a não discriminação e o combate à violência contra a diversidade, as mulheres e as associações feministas serão fundamentais.”

Tão significativa quanto a vitória de Boric foi a atitude de Kast. Antes mesmo que o resultado fosse anunciado, ele comunicou nas redes sociais ter telefonado para parabenizar o vencedor. É o normal numa democracia, mas difere muito do que fizeram outros conservadores derrotados, como Donald Trump nos EUA e Keiko Fujimori no Peru. 

Pelo Twitter, o atual presidente chileno, Sebastián Piñera, e líderes de países da América Latina, como Argentina, Uruguai, Cuba, Peru, Equador e Colômbia, além do governo da Espanha, felicitaram Boric. O Brasil ainda não se manifestou. 

Passada a festa, a vida não será tranquila para o novo presidente. Ele precisará negociar com um Congresso no qual não tem maioria temas como a reforma no sistema ultraliberal de previdência, o empobrecimento da população e o combate à pandemia. Paralelamente, uma assembleia de maioria independente discute a Constituição que sepultará a última herança da ditadura que dominou o país de 1973 a 1990. 

Com informações do G1/Folha 

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