
Brasileira morre ao cair da janela do 4º andar na Holanda. Comunidade brasileira na Holanda questiona investigação policial
Por Redação
A morte da brasileira Taiany Caroline Martins Matos, de 32 anos, continua gerando ampla repercussão nas redes sociais e questionamentos sobre a atuação das autoridades holandesas. Pedagoga nascida em Brasília e moradora da Bélgica desde 2019, Taiany faleceu na sexta-feira (3/1) após cair do quarto andar de um prédio na cidade de Breda, na Holanda.
Apesar da polícia local ter concluído rapidamente que o caso se tratava de um acidente, a família de Taiany não acredita nessa versão e pede uma investigação mais aprofundada.
Uma tragédia
Taiany havia passado o Réveillon em Paris, na França, com o namorado, Edgar, de 53 anos, um holandês com quem havia iniciado um relacionamento entre 6 a 7 meses. Ao retornar para a Holanda, no dia 2 de janeiro, o casal teria se envolvido em uma discussão que culminou na tragédia.
De acordo com relatos de vizinhos, após a briga, Taiany se trancou em um dos cômodos do apartamento enquanto Edgar forçava a porta. Assustada, ela gritou por socorro antes de se pendurar na janela, aparentemente tentando fugir da situação. Minutos depois, ocorreu a queda fatal.
Ainda segundo a família, Edgar teria telefonado no dia seguinte para comunicar a morte de forma breve, pedindo desculpas e desligando o telefone sem dar maiores explicações.
Denúncias de abuso
Parentes e amigos da vítima apontam que o relacionamento de Taiany com Edgar era marcado por possessividade e comportamentos abusivos.
A família de Taiany Caroline Martins Matos não acredita que a morte tenha sido uma fatalidade.
A brasileira Caroline Figueira que mora em Amsterdam comentou nas redes sociais:
“Discordo veementemente da conclusão de que este “não é um caso criminal”. De acordo com a lei holandesa, sob o artigo 300-304 do Codigo Penal, não apenas a violência física, mas também o abuso psicológico, a coerção e ações que levam a consequencias fatais são considerados crimes passíveis de punição”.
“Nos caso de Tainy Caroline Martins, os fatos mostram que Edgar Van Den Boom demonstrou comportamento agressivo e possessivo, gritou com ela, exigou seu celular e criou uma situação de extremo estresse”.
“Testemunhas ouviram seus pedidos de socorro, o que claramente aponta para uma situação de violência crescente. Mesmo que sua queda seja considerada um “acidente”, suas ações violentas e abusivas levaram diretamente às circuntâncias de sua morte. Isso se enquadra no mínimo como homicídio culposo (art. 307 CP) ou neglicência com resultado em morte. Classificar este caso como “não criminal” ignora a definição mais ampla de respondabilidade sob a lei holandesa, Sua decisão transmite um sinal perigoso, minimizando o impacto do abuso emocional e psicológico, deixando de responsabilizar os indivíduos”, concluiu Caroline Figueira.
Segundo a família, no dia 27 de dezembro, a mulher foi a Paris, na França, com o namorado, um holandês de 53 anos, identificado apenas como Edgar. Eles passaram o Ano-Novo na capital francesa e, em seguida, voltaram para a Holanda.
Ministério das Relações Exteriores se pronuncia
“O Ministério das Relações Exteriores afirmou que acompanha o caso e que está em contato com as autoridades locais. Disse ainda que o consulado presta “assistência consular aos familiares da vítima”.
Em razão da Lei de Acesso à Informação, a pasta acrescenta que “não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.
O Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã, informou que está empenhado em “assegurar que o apoio necessário seja concedido dentro das competências legais e administrativas para apoiar a família neste momento difícil”.
Alguns Print’s divulgados nas redes sociais:


A família exige uma investigação completa sobre a morte suspeita de Taiany Caroline Martins. Veja abaixo a petição: https://taianycarolinemartins.petities.nl/

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Da Redação do Agenda Capital