Raimundo de Andrade Lima: recuperação satisfatória, reforçada por sessões de fisioterapia | Foto: Divulgação/Iges-DF

“Passar por uma internação por conta desse vírus é como nascer novamente”, diz o deputado Rodrigo Delmasso

Por Redação

A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa aprovou, em reunião na tarde desta segunda-feira (21), o Projeto de Lei 2.410/2021, que cria a Política Ambulatorial de Fisioterapia Respiratória para tratar sequelas respiratórias dos pacientes que tiveram Covid-19.

De acordo com o texto, os pacientes que apresentarem sequelas pulmonares serão encaminhados para avaliação e diagnóstico fisioterapêutico, e selecionados para a Política de Fisioterapia Respiratória Ambulatorial Especializada, cujas equipes serão constituídas por profissionais graduados em Fisioterapia, ou com pós-graduação ou título de especialista em Fisioterapia Respiratória. 

O autor da proposta, deputado Delmasso (Republicanos), cita dados do Ministério da Saúde, os quais mostram que mesmo após a cura da Covid-19, cerca de 40% dos doentes continuam com algum tipo de sintoma ou desenvolvem novos problemas ligados à doença depois que deixam as UTIs ou enfermarias. O objetivo do projeto é, pois, “garantir a recuperação completa destes pacientes”, explica. Ele acrescenta que o tempo de reabilitação dos pacientes vai depender da gravidade das sequelas, da idade e da presença de outras comorbidades, por isso, é importante que os pacientes que já tiveram a doença fiquem atentos a qualquer agravo. 

“Passar por uma internação por conta desse vírus é como nascer novamente, e a fisioterapia como forma de tratamento para as sequelas da Covid-19 é fundamental na recuperação completa”, alega Delmasso.

Em parecer favorável à matéria, a deputada Arlete Sampaio (PT) argumentou que, com a evolução da pandemia, ficou cada vez mais evidente que a doença, em muitos casos, não termina com a alta do paciente. Ela destaca que pesquisadores alertam para o que tem sido chamado de “Covid longa”, ou seja, o aparecimento de problemas de saúde após a chamada cura da fase aguda da doença. A parlamentar reforça que a Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu status de doença a essa condição clínica pós-Covid.  

Arlete observa ainda que a Secretaria de Saúde do DF e a Rede Sarah viabilizaram serviços de reabilitação pós-Covid, além das ações do Ministério da Saúde, sendo que o projeto de lei “vem no sentido de reforçar a oferta de serviços pelo SUS aos pacientes com sequelas pós COVID-19”. Por sua vez, o deputado Tabanez (MDB) parabenizou Delmasso pela proposta. 

O projeto segue agora para apreciação das comissões de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário. Participaram da reunião de hoje, transmitida ao vivo pela TV Câmara Distrital (canal 9.3) e YouTube, os deputados Arlete Sampaio (PT), Tabanez (MDB), Delmasso (Republicanos) e Leandro Grass (Rede).

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*Com informações da Ag. CLDF – Franci Moraes

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