Inteligência artificial promete ser uma revolução capaz de rivalizar até mesmo com o Google, mudando a maneira como nos relacionamos com a tecnologia

Por Redação

As novas tecnologias estão impactando cada vez mais o dia a dia das pessoas e podem ser uma aposta transformadora também para os pequenos negócios. Dessa vez, a sensação do momento é o Chat GPT, um algoritmo baseado em inteligência artificial que oferece ao usuário uma forma simples de conversar e obter respostas sobre os mais diversos assuntos.

A ferramenta foi criada por um laboratório de pesquisas em inteligência artificial dos EUA chamado OpenAI, com sede em San Francisco. O nome Chat GPT é uma sigla para “Generative Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”. Basicamente o recurso é capaz de realizar infinitas tarefas, desde escrever artigos e notícias e redações escolares até criar códigos inteiros de programação ou ajudar a encontrar erros e bugs em códigos, traçar estratégias de vendas, compor músicas e produzir teses acadêmicas.

Se engana quem pensa que essa inovação só pode ser usada por grandes empresas com nomes reconhecidos no mercado. Ao contrário, a facilidade de acesso e a possibilidade de consultar de temas simples até questões mais complexas traz uma gama de oportunidades para as micro e pequenas.

“O ChatGPT trará inúmeros benefícios para os pequenos negócios, reduzindo custos estratégicos e operacionais por meio desta tecnologia. Suas aplicações no campo do marketing, das finanças, no atendimento ao cliente ou no processo de vendas pode aumentar a sua receita e reduzir os custos”, opina a analista do Sebrae e engajadora do Ecossistema de Inovação no Brasil, Cristina Araújo.

O que é o Chat GPT?

O Chat GPT é um algoritmo baseado em inteligência artificial. Ele foi criado por um laboratório de pesquisas em inteligência artificial dos Estados Unidos chamado OpenAI, com sede em San Francisco. O nome Chat GPT é uma sigla para “Generative Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”.

O algoritmo do Chat GPT teve seu desenvolvimento pautado em redes neurais e machine learning, tendo sido criado com foco em diálogos virtuais. A ideia é que ele pudesse aprimorar a experiência e os recursos oferecidos por assistentes virtuais, como Alexa ou Google Assistente. O sucesso da ferramenta está em oferecer ao usuário uma forma simples de conversar e obter respostas.

A arquitetura do Chat GPT se baseia em uma rede neural chamada Transformer, projetada especialmente para lidar com textos. O modelo de inteligência artificial tem várias camadas que permitem à plataforma prestar atenção nas palavras-chave, ao contexto e aos diferentes significados que as palavras podem ter. Trata-se de um modelo extremamente avançado de geração de texto.

Como acessar o Chat GPT?

É simples e rápido. Acesse a página https://chat.openai.com/chat , através do navegador e faça login com a sua conta Google ou Facebook. A Open IA, empresa criadora do ChatGPT treinou o computador com 45 Terabytes de textos até 2021.

E quem é o dono do Chat GPT? 

A organização OpenAI, criada em 2015, em tese é sem fins lucrativos, e vem recebendo aporte financeiro de diversas empresas com objetivo de desenvolver a tecnologia. Elon Musk, criador da Tesla e da SpaceX, é também um dos cofundadores da OpenAI, mas deixou a empresa. Além dele, estão na lista Sam Altman, que está à frente das operações; Peter Thiel, cofundador do PayPal; e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, entre outros.

Aspectos positivos que podemos aproveitar

A inteligência artificial desse novo recurso tecnológico está bem afinada, e com ela é possível realizar conversas otimizadas. As respostas que ele nos oferece a cada uma de nossas dúvidas e perguntas são precisas, com bons detalhes, além de respeitosas.

Há alguns anos, esses tipos de chatbots acabavam aprendendo o que estavam processando na internet, por isso era comum encontrar respostas racistas e ofensivas. Nesta ocasião, o Chat GPT é capaz de rejeitar até mesmo consultas antiéticas. Além disso, um aspecto muito interessante que a define é poder admitir seus próprios erros. Ou seja, apresenta uma metacognição sofisticada.

Outro aspecto digno de notar é que ele monitora e analisa as perguntas que lhe fazemos. Para que, se as perguntas que fazemos estiverem relacionadas entre si, els saiba sintetizar e agilizar as respostas para não repetir informações que já nos ofereceram. É uma tecnologia analítica com excelentes capacidades de autorreflexão e meta-análise.

Na prática, como funciona o Chat GPT?

Como toda inteligência artificial, o Chat GPT se alimenta de informações que coleta na internet. Portanto, o que está disponível na internet atualmente é a base de dados do algoritmo. Baseado em padrões e no cruzamento das informações, o Chat GPT transforma as querys, os questionamentos dos usuários, em respostas.

O grande diferencial aqui é que essas respostas podem ser criativas. Por exemplo, ao perguntar sobre um determinado assunto, diferente do que ocorre em um mecanismo de busca, que apenas retorna os resultados, o Chat GPT é capaz de contextualizá-los e elaborar textos, letras de música, poesias, contos, códigos de programação, receitas e assim por diante.

Além disso, o algoritmo pode ser integrado a outros aplicativos por meio de uma API, transformando a experiência do usuário. Em outras palavras, não será necessário acessar um determinado site e fazer as suas perguntas: elas podem ser incorporadas em serviços como o Microsoft Word, o WhatsApp, chatbots de atendimento e assim por diante.

Podemos confiar nessa nova inteligência artificial (IA)?

Quem já utilizou essa nova tecnologia aponta que é uma inovação prodigiosa, porém, ainda está em sua infância. Embora isso seja algo que seus próprios desenvolvedores também sabem. Ninguém diminui o fato de que ele pode realizar até metarraciocínio, mas cuidado, existem limitações que devemos considerar:

1. Quando ele não conhece uma informação, a inventa

Quando esses tipos de tecnologias surgem, é comum que sejam postas à prova de todas as formas possíveis. Analistas e desenvolvedores sabem como testar esses tipos de algoritmos. Então, uma coisa que eles viram no Chat GPT é que quando ele não consegue resolver uma questão, ele inventa.

É verdade que, de vez em quando, ele pode admitir um erro. Porém, está programado para oferecer alguma resposta, mas quando isso não é possível dada a encruzilhada em que o colocamos, ele opta por inventar. Um hábito muito humano.

2. Ele não pode oferecer informações depois de 2021

Essa inteligência artificial foi treinada durante os anos que antecederam 2021. Portanto, ele não poderá fornecer informações sobre eventos ou celebridades depois dessa data. No entanto, o Chat GPT já está em uma nova versão e em breve será disponibilizada.

3. Apresenta um viés algorítmico

A Universidade de Oxford já conversou conosco em um estudo sobre a prevalência de vieses algorítmicos na inteligência artificial. Também de sua necessidade de corrigi-los. Eles consistem em erros sistemáticos que um sistema de computador oferece informações que privilegiam um grupo social, como grupos brancos ou a população masculina.

Portanto, se perguntarmos a ele, por exemplo, “quem ganhou a Copa do Mundo de 2018?”, ele assume que estamos falando de futebol e seleções masculinas.

4. No momento, a matriz do Google é mais eficaz?

Devemos dar tempo ao tempo, mas hoje a matriz do Google é mais confiável e eficaz. Ainda é o motor de busca mais eficaz e também o mais utilizado. Porém, insistimos, o Chat GPT ainda está conosco há pouco mais de três meses.

Para onde vamos?

É evidente que estamos no alvorecer dessa grande consciência que está prestes a despertar, que é a inteligência artificial. Essas tecnologias, que são treinadas durante anos dando-lhes enormes quantidades de informação, acabam se tornando grandes cérebros voltados para nos dar respostas, realizar tarefas para a ajuda de que precisamos.

Porém, embora já faça parte de nossas vidas, em breve automatizará vários trabalhos a ponto de tomar decisões por nós. Ainda há questões éticas que precisam ser resolvidas. Cabe também refletir se é lícito uma tecnologia substituir tarefas e processos que, até agora, eram de domínio exclusivo dos humanos.

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Da Redação do Agenda Capital

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