Teve início hoje a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2022 (Cop27) em Sharm el-Sheikh, Egito.

Por Redação 

A 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 27, começa neste domingo (6) em Sharm El Sheikh, no Egito.

O evento deve durar cerca de duas semanas e tem um peso fundamental para ação climática global frente as mudanças climáticas. Por isso, cerca de noventa chefes de estado estarão presentes.

Um dos pontos de expectativa é sobre qual será a participação do futuro governo Lula no evento. O presidente eleito foi convidado e uma comitiva é aguardada no Egito.

Energia limpa

“Investir em energia limpa produz ganhos duplos para a saúde”. E “há intervenções capazes de reduzir as emissões de poluentes climáticos de curta duração, por exemplo, aplicando padrões mais elevados sobre emissões dos veículos”: foi calculado até 2050 salvar “cerca de 2,4 milhões de vidas por ano, graças à melhoria da qualidade do ar e de um uma redução no aquecimento global de cerca de 0,5°C”.

Isto é enfatizado pela Organização Mundial da Saúde, dirigindo-se aos participantes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2022 (Cop27) que teve início hoje em Sharm el-Sheikh, Egito, chamando para uma ação urgente contra a mudança climática e para colocar a saúde no centro de suas negociações. “Mitigação, adaptação, financiamento e colaboração” são os “quatro objetivos-chave” estabelecidos pela OMS contra a crise climática.

Como resultado desta emergência, milhões de pessoas já adoeceram em todo o planeta e outras vão adoecer, adverte a agência de Genebra. “Mas há espaço para a esperança”, assegura, “particularmente se os governos agirem agora para honrar os compromissos assumidos em Glasgow em novembro 2021”.

Energia solar

Lembrando que “o custo da energia renovável tem significativamente diminuído nos últimos anos”, e que, por exemplo “a energia solar é agora mais barata do que o carvão ou o gás na maioria das principais economias”, a OMS apela aos governos para “procederem a uma eliminação progressiva justa, equitativa e rápida dos combustíveis fósseis e a transição para um futuro de energia limpa”.

Na frente da descarbonização, a agência propõe “um tratado de não-proliferação de combustíveis fósseis, para a eliminação gradual do carvão e semelhantes”, o que “representaria uma das contribuições mais significativas para a mitigação da mudança climática”.

Melhorar a saúde humana

“Todos podem contribuir para uma melhor saúde humana”, enfatiza a OMS, “seja promovendo a difusão de espaços nas cidades, seja apoiando campanhas para limitar o tráfego local e melhorar o transporte. O compromisso e a participação das comunidades” no combate à mudança climática “é essencial para construir resiliência e fortalecer os sistemas alimentares e de saúde, e isto é particularmente importante para populações vulneráveis e pequenas estados insulares em desenvolvimento, que estão suportando o peso de eventos climáticos extremos.

Mas também comunidades e regiões que estão menos familiarizadas com o clima extremo devem fortalecer sua resiliência”, aponta a agência, à luz do que “temos visto recentemente com as inundações e ondas de calor na Europa central”. A OMS encoraja a todos a “trabalharem com seus líderes locais sobre estas questões e tomar medidas em suas comunidades”.

“A política climática deve agora colocar a saúde no centro… reitera a Organização – e promover políticas para mitigar a mudança climática que simultaneamente tragam benefícios à saúde. Uma política climática voltada para a saúde ajudaria a construir um planeta com ar mais limpo, água doce e alimentos mais abundantes e seguros, sistemas de saúde e de proteção social mais eficazes e equitativos e, consequentemente, pessoas mais saudáveis”.

Com Vatican News/Agenda Capital

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