Camisa 10 comandou a seleção na vitória contra o México e manteve viva a chance de classificação para as oitavas de final

Por Ricardo Magatti

O sonho da Argentina de conquistar o tri mundial só esta vivo graças a Lionel Messi e sua capacidade de destravar e decidir um jogo complicado. Saiu de seus pés o gol que abriu o caminho para a vitória sobre o México por 2 a 0 no Lusail. O sentimento, admitiu o craque argentino, é de alivio.

“Havia muita amargura pela outra derrota, mas pudemos dar essa alegria aos argentinos”, disse o camisa 10 diante de dezenas de jornalistas acotovelados em busca de espaço para ouvi-lo na zona mista do estádio. Um repórter, emocionado com a proximidade ao ídolo, até foi advertido por um oficial da Fifa depois de fotografar o jogador, o que é proibido na zona mista.

“A outra derrota” a que se referiu foi o histórico revés para a Arábia Saudita na estreia da Copa do Mundo catariana que deixara aflitos e tensos os argentinos.

A tensão foi notada em campo. Nervosos, os atletas da seleção alviceleste não achavam os espaços entre os marcadores mexicanos, sobretudo no primeiro tempo, etapa em que Messi, isolado no ataque, pouco tocou na bola.

Vendo que tinha de agir, o craque do time mudou seu posicionamento e passou a recuar para armar a equipe. Se seus companheiros não ajudavam, tinha ele de decidir.

Bastou uma pequena brecha que deixou a defesa mexicana para Messi, acostumado a tornar comum o extraordinário, brilhar em um chute cruzado no canto esquerdo do veterano Ochoa.

“Tínhamos muita ansiedade para ganhar o jogo” reconheceu o astro argentino, reconhecendo que a possibilidade de eliminação era uma situação “limitante” que deixou a equipe travada até o seu gol.

“Foi um jogo muito intenso, não encontrávamos espaços. No segundo tempo, encontramos o nosso jogos, com passes entrelinhas, mas depois do gol a situação se acalmou completamente”, avaliou.

O medo da eliminação se transformou em esperança para os argentinos. Mas a missão na ultima rodada da primeira fase do Mundial do Catar ainda continua desafiadora. Na quarta-feira, 30, o compromisso é com a Polônia de Lewandowski, líder do Grupo C. Os poloneses têm quatro pontos, um a mais que a Argentina.

O jogo diante do rival europeu vai fluir, considera o capitão da Argentina, porque a tensão se foi.

“Estaremos mais relaxados contra a Polônia”, avisou Messi, agora dono do mesmo número de jogos e gols de seu ídolo Diego Maradona em Copas do Mundo: sao oito bolas na rede em 21 partidas de Mundiais.

Resta a Messi, em sua quinta e última Copa, a taça que Maradona, falecido em 2020, já ergeu em 1986.

“É uma tranquilidade voltar a depender apenas de nós mesmos. Somos conscientes do que podemos fazer. Passam muitas coisas na cabeça e, às vezes, fica difícil de assimilar tudo isso. Esse grupo está preparado. Demos um pequeno passo, mas agora falta outro para cumprir o nosso objetivo.”

Com Estadão 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here