Imagem: Estadão

Lista de políticos que deseja concorrer ao Planalto em 2022 já tem ao menos 11 nomes; em campanha antecipada, alguns presidenciáveis há rodam o País em busca de apoio para suceder Bolsonaro

Por Redação

Ainda falta um ano, mas o presidente Jair Bolsonaro já colocou as eleições de 2022 na pauta. Em campanha pela reeleição – reforçada neste ano, por exemplo, com motociatas bancadas com dinheiro público –, o presidente abriu caminho para que futuros potenciais adversários também antecipassem estratégias, alianças e até mesmo viagens com tom de campanha.

Bolsonaro encabeça uma lista que já soma ao menos 11 nomes. Neste especial, o Estadão compila a movimentação deles rumo às urnas. Além do atual comandante do Planalto, você poderá conferir o histórico e as estratégias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), dos governadores João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB), dos senadores Rodrigo Pacheco (PSD), Alessandro Vieira (Cidadania), Simone Tebet (MDB) e do cientista político Luiz Felipe d’Avila (Novo), além do ex-juiz Sérgio Moro, que deve se filiar ao Podemos e ainda avalia se entra para a fila. Na disputa interna dos tucanos também se apresentou o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB).

Conforme as mais recentes pesquisas de intenção de voto, a proliferação de potenciais candidatos não evitaria, se a eleição fosse hoje, uma polarização entre Lula e Bolsonaro. Com os partidos do centro ainda em busca de um representante que obtenha consenso e apoio do eleitorado, alguns levantamentos apontaram vitória petista ainda no primeiro turno.

Daqui até o encontro com as urnas eletrônicas os cenários vão mudar. O presidente ainda precisa se filiar a um partido político para que possa disputar a reeleição. Sem legenda desde que se desligou do PSL, em 2019, Bolsonaro deve enfrentar dificuldades para formar palanques nos Estados e oficializar alianças.

Com a rejeição batendo os 53% será difícil, segundo especialistas, que a estratégia eleitoral de 2018, dedicada apenas às redes sociais, seja repetida com sucesso. Além da campanha pela internet, a avaliação é que Bolsonaro precisará desta vez de recursos e tempo de televisão e um leque maior de apoios.

Ao menos neste quesito (a necessidade de ampliar alianças), a estratégia de Lula é semelhante. Mesmo disparado nas pesquisas, o ex-presidente ensaia uma guinada ao centro para ampliar seu leque de aliados e mostrar-se viável ao mercado, quase que numa repetição de quando venceu a Presidência pela primeira vez, em 2002.

E é nesse centro, já congestionado, que outros nomes tentam se firmar e lançar-se como opção a Lula e Bolsonaro. Neste especial, vamos te apresentar nove deles, que brigam para formar uma cabeça de chapa com potencial de crescimento entre os eleitores “nem nem” (que rejeitam tanto Bolsonaro como Lula). Como ocorreu em 2018, Ciro Gomes é, por enquanto, o único nome assegurado na chamada terceira via, mas ainda com baixa intenção de voto e nenhum apoio declarado, a não ser de seu próprio partido, o PDT.

Mas, nessa campanha antecipada, ter suporte interno já é um passo adiante. Os tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) travam entre si uma batalha para alcançarem consenso ao menos dentro do PSDB. Principais adversários nas prévias nacionais marcadas para 21 de novembro – o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio também está inscrito –, os governadores dividem atualmente a sigla em uma disputa que avança sobre diretórios estaduais e inclui estratégias para convencer filiados a votar e figurões a mudar de lado.

O ex-ministro Mandetta e o senador Rodrigo Pacheco são tratados como nomes possíveis para encabeçar ou mesmo dividir uma chapa presidencial. Mais discretos em suas movimentações eleitorais, ao menos no que diz respeito às agendas públicas, ambos dispõem de características comuns e desejáveis pelo chamado centro democrático: tom apaziguador e discurso responsável do ponto de vista fiscal.

Em função de suas atribuições como presidente do Senado e do Congresso, Pacheco tem a vantagem de encontrar-se de forma recorrente com líderes partidários, empresários e representantes dos mais diversos setores da sociedade. Já Mandetta é mais popular e deixou o governo a tempo de se não se contaminar pelas decisões do governo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19.

Por fim, o ex-delegado e atual senador Alessandro Vieira aproveita o sucesso obtido por sua participação na CPI da Covid para também colocar-se como opção. Simone Tebet segue essa mesma estratégia, sendo a única mulher até agora a demonstrar intenção de participar mais ativamente da escolha de 2022. Quem chegou por último foi o cientista político Luiz Felipe d’Avila, recentemente filiado ao Novo. Todos buscam um lugar nessa fila rumo à campanha eleitoral do ano que vem, que segue totalmente aberta.

Com informações do Estadão

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