A bancada federal do DF marcou presença na CLDF na tarde desta quarta-feira (26). Foto: Divulgação

Por Redação*

A pressão pela abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ganhou o apoio da bancada federal do DF no Congresso Nacional. Após a deflagração da segunda fase da Operação Falso Negativo, senadores e deputados federais pediram apoio da CLDF à instalação da CPI da Pandemia, nesta quarta-feira (26/8).

A instalação da CPI será discutida nesta quinta-feira (27) durante reunião do colégio de líderes da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O anúncio foi feito na sessão remota desta quarta-feira (26) pelo vice-presidente da Casa, Delmasso (Republicanos), ao presidir os trabalhos da tarde, atendendo a pedido do autor da proposta da CPI, deputado Leandro Grass (Rede).

Ao defender a criação imediata da comissão, Grass recorreu ao Regimento Interno da CLDF: “O ato de instalação é da presidência, mas se colégio de líderes concordar, é possível instalar”. O distrital pediu “unidade” dos colegas em torno do novo colegiado: “Essa CPI não é de um ou outro grupo parlamentar, é uma necessidade coletiva desta Casa. Temos obrigação diante de tantas denúncias e elementos. Os órgãos de controle estão cumprindo seu papel, também precisamos fazê-lo”.

Leandro Grass destacou que as comissões parlamentares de inquérito possuem ferramentas de responsabilização e de convocação diferentes das comissões convencionais. E explicou que a CPI da Pandemia, que já conta com a adesão de 12 parlamentares, vai apurar não só as supostas fraudes na compra de testes de Covid-19, mas também as denúncias de desvios de respiradores, falta de insumos em UTIs e nepotismo.

“O primeiro escalão da maior secretaria do DF, que é a de Saúde, está preso num momento de pandemia. É inadmissível que a CLDF deixe de se posicionar de forma firme”, afirmou o deputado Roosevelt Vilela (PSB). Para ele, a CPI é um “instrumento democrático e efetivo para darmos uma resposta”.

A deputada Arlete Sampaio (PT) também defendeu a “importância, oportunidade e necessidade” de se instalar a CPI da Pandemia: “Acredito que nem todos os presos na operação do Ministério Público estejam envolvidos nas fraudes. A gente não quer condenar previamente, queremos saber a situação concreta, se R$ 18 milhões foram superfaturados e quem está nessa maracutaia”.

Segundo Izalci, a bancada federal investigava os gastos do GDF com a pandemia do novo coronavírus nas últimos sete semanas, antes da Operação Falso Negativo. Os parlamentares solicitaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) auditoria nas contas da Secretaria de Saúde do DF. De acordo com o senador, o órgão de fiscalização acatou o pedido.

“A cidade está escandalizada com o que está acontecendo. A Casa não pode se acovardar, é preciso investigar o que está acontecendo”, reforçou Fábio Felix (PSOL). Também favorável à instalação da CPI, Júlia Lucy (Novo) salientou ser aquele um “ambiente de contraditório e ampla defesa”, ideal para ajudar a apurar os fatos e dar oportunidade de defesa a quem está sendo acusado.

Por sua vez, o líder do governo na Casa, deputado Cláudio Abrantes (PDT), argumentou que a investigação do assunto já está sendo conduzida pela Ministério Público.

*Com informações da CLDF e Agenda Capital

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