Autoridades americanas consideraram a ação um “passo de escalada” que pode limitar as soluções diplomáticas para a crise nas fronteiras da Ucrânia

Por Redação 

WASHINGTON – Em meio ao agravamento das tensões na fronteira da Ucrânia, a Rússia expulsou o vice-embaixador dos Estados Unidos do país, informou o Departamento de Estado americano nesta quinta-feira, 17.  Autoridades americanas chamaram o movimento de um “passo de escalada” que pode limitar as soluções diplomáticas para a crise no Leste Europeu.

O número dois da diplomacia americana, Bart Gorman, estava na Rússia há cerca de três anos em uma viagem diplomática, disse um funcionário do Departamento de Estado que falou ao jornal The New York Times sob condição de anonimato. O visto de Gorman para a Rússia ainda era válido e sua expulsão “não foi provocada”, disse.

A expulsão de Gorman de Moscou ocorre em um momento de novo acirramento entre a Otan e a Rússia sobre o impasse na Ucrânia. Militares ucranianos e separatistas pró-Rússia trocaram acusações de ataques nas últimas 24h, e autoridades russas circularam documentos relatando atrocidades cometidas no leste da Ucrânia por forças ucranianas.

Ante os desdobramentos, a Casa Branca e o comando da Otan alertaram sobre a possibilidade da Rússia utilizar as tais atrocidades — que diplomatas ocidentais dizem ser falsas, sem registro nos monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) — como pretexto para invadir a Ucrânia.

O presidente americano, Joe Biden, voltou a afirmar, nesta quinta, que uma invasão russa é iminente e que ele acredita que uma operação militar já esteja em andamento “Todas as indicações que temos são de que eles estão preparados para entrar na Ucrânia, atacar a Ucrânia. Minha sensação é que isso acontecerá nos próximos dias”.

Enquanto isso, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a capacidade militar russa está apenas aumentando em número e força nas imediações da Ucrânia – ao contrário do movimento de retirada prometido pelo Kremlin nos últimos dias. Stoltenberg acenou com a possibilidade da aliança militar enviar reforços para o leste, principalmente para países que fazem fronteira com a Ucrânia.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, tanto o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Vershinin, quanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, vão discursar no conselho de segurança da ONU ainda hoje.

Com Estadão 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here