Por Redação 

MADRI, 14 de novembro (Reuters) – O governo cubano retirou as credenciais de imprensa de cinco jornalistas da agência de notícias espanhola EFE, mas depois reintegrou dois deles, disse a EFE, antes de uma marcha de protesto proibida de grupos de oposição planejada para segunda-feira.

Um editor e um fotógrafo foram informados pelo governo cubano de que seus credenciamentos seriam devolvidos, disse a EFE no domingo.

Horas antes, as autoridades cubanas convocaram três editores, um fotógrafo e um cinegrafista de televisão para informá-los sobre a decisão de retirar suas credenciais de imprensa, informou a EFE em nota. Ele observou que a ação ocorreu na véspera da marcha proibida de segunda-feira.

Juan Fernandez Trigo, secretário de Estado da Espanha para a América Latina e o Caribe, telefonou para o chefe da Embaixada de Cuba em Madri no domingo para exigir que Havana devolva as credenciais de imprensa aos outros três jornalistas da EFE.

“Ao mesmo tempo, rejeitou a acusação de que a EFE trabalha para potências estrangeiras e defendeu o trabalho da agência espanhola como referência internacional de informação, como ficou demonstrado pelas repercussões causadas pela retirada dos credenciamentos de jornalistas”, um estrangeiro o porta-voz do ministério disse à Reuters.

O Centro Internacional de Imprensa do governo cubano não respondeu a um pedido de comentários.

Gabriela Cañas, presidente da EFE, disse que a decisão do governo cubano de restabelecer o credenciamento de dois jornalistas era “insuficiente” e instou o governo a restabelecer também as credenciais dos outros três.

O secretário de Estado espanhol conversou com o chefe da Embaixada de Cuba em Madri por telefone no domingo, depois que o diplomata cubano enviou um atestado médico comprovando que o resultado do teste era positivo para COVID-19 e não pôde comparecer pessoalmente a uma reunião no Ministério das Relações Exteriores da Espanha em Segunda-feira.

Atualmente, Cuba não tem embaixador em Madri.

Um porta-voz da EFE disse que o governo cubano não deu motivos para a retirada dos credenciamentos.

A embaixada cubana em Madri não respondeu a pedidos de comentários quando contatada pela Reuters, embora em um domingo a embaixada tenha sido fechada.

O credenciamento de outro jornalista da EFE foi cancelado há um mês, disse a EFE.

Grupos de oposição convocaram a marcha de segunda-feira para exigir maiores liberdades políticas e a libertação de ativistas presos. A manifestação planejada segue protestos em todo o país em julho em meio à raiva sobre a crise econômica e a pandemia de COVID-19 na ilha governada pelos comunistas.

O governo do presidente Miguel Diaz-Canel proibiu a marcha de segunda-feira, dizendo que ela faz parte de uma campanha de desestabilização dos Estados Unidos.

Com Reuters 

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