Por FSB Inteligência
Com a arrecadação em queda e atividade econômica estagnada, o governo já dá como certo um novo corte orçamentário, que deve ser anunciado na segunda quinzena deste mês. É provável que seja igual ou maior do que os R$ 30 bilhões já bloqueados em março.
Naquele mês, por exemplo, o Ministério da Economia previa um crescimento do PIB de 2,2% para este ano, mas o mercado já reviu essa estimativa para 1,49%.
Assim, o governo deve revisar suas projeções no próximo dia 22, quando divulga um novo relatório de receitas e despesas, e pode anunciar o segundo corte.
A decisão, se confirmada, aumenta a pressão política sobre o governo, pois impacta diretamente na liberação de emendas para os parlamentares, que sofrem contingenciamentos na mesma proporção dos bloqueios orçamentários que o governo faz aos seus gastos.
Ter recursos para pagar emendas é útil para aglutinar a base aliada no Congresso e essa ferramenta ficará restrita no mesmo momento em que a reforma da Previdência será votada.
A restrição orçamentária pode ampliar ainda pressões sociais, que já ocorrem com os cortes na área de educação e meio ambiente.
Caso esse novo bloqueio atinja pastas como a Saúde, o governo pode ter mais dificuldades para angariar apoio político no Congresso e dar força para os discursos da oposição.
E há ainda a redução de orçamento para convênios com estados e municípios, em um momento em que esses entes federados estão com seus caixas pressionados.
Da Redação com informações da FSB