Vice-governadora Celina (PP) Leão. Foto: Renan Lisboa/CLDF

Vice-governadora do DF quer disputar a cabeça de chapa com apoio de Bolsonaro, mas o senador Izalci Lucas vai se filiar ao PL com o mesmo projeto

Por Eduardo Gayer

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), tem nas mãos mais um ‘abacaxi’ para descascar antes de 2026, quando pretende ser candidata a governadora com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro: a unificação do seu campo político. Na próxima terça-feira, 26, o PL fará um grande evento para filiar o senador Izalci Lucas, de saída do PSDB e com o mesmo plano de Celina, ser governador do DF com apoio de Bolsonaro.

O PL integra o governo Ibaneis Rocha (MDB), que deixará o cargo para sua vice em abril de 2026 para ser candidato ao Senado. A preço de hoje, nenhum rompimento está à mesa, asseguram fontes ligadas à pré-candidata. “Celina, com certeza, vai ser a candidata de Bolsonaro [ao governo]”, afirmou à Coluna do Estadão o senador Ciro Nogueira, presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Mas Izalci não esconde de ninguém que deseja ser governador.

Celina Leão diz que a entrada de Izalci em seu grupo político é algo natural. “A política é a arte de diálogo e entendimentos. O PL está na nossa base de governo e a vinda do senador Izalci é vista por nós com naturalidade. Nosso objetivo é de estarmos unidos pela direita”, disse à Coluna.

Um ex-deputado federal e hoje observador da política brasiliense afirma que Celina Leão, no entanto, pode ser a “nova Flávia Arruda” de Bolsonaro. Em 2022, o ex-presidente garantiu à sua então ministra da Secretaria de Governo, dirigente do PL local, que a apoiaria na corrida ao Senado. No fim das contas, a base bolsonarista deu vitória a Damares Alves (Republicanos), com apoio declarado da ex-primeira-dama Michele — e velado do então presidente.

No entorno de Celina Leão, porém, o “medo” da entrada de Izalci no grupo político de Ibaneis é minimizado. Interlocutores dizem que o senador faz apenas um movimento de sobrevivência política diante do esvaziamento do PSDB, e perdeu capilaridade eleitoral no Distrito Federal nos últimos anos.

Com a saída de Izalci Lucas do PSDB, a sigla que já ocupou a presidência da República terá apenas um senador, o relator da PEC da independência financeira do Banco Central, Plínio Valério (AM). Apesar da solidão no ninho tucano do salão Azul, ele garante que permanecerá na legenda.

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Com Estadão

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