A campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.670 na Faixa de Gaza.

Ao todo, mais de 2,3 milhões vivem em condições precárias em Gaza

Por Redação

Mais de uma semana após ter sofrido o ataque mais brutal em seu território em cinco décadas, Israel aperta o cerco contra a Faixa de Gaza, enclave controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. Suas Forças Armadas se preparam para um “ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra”.

Neste domingo (15/10), esgotou o prazo estipulado por Israel para que os palestinos deixassem a região norte do enclave em direção ao sul, antes do lançamento da ofensiva. Ao longo de uma semana, mais de 1 milhão de pessoas já se deslocaram em Gaza, segundo a ONU.

Ao todo, mais de 2,3 milhões vivem em condições precárias em Gaza, uma estreita faixa que se estende por cerca de 40 quilômetros ao longo do Mar Mediterrâneo e faz fronteira com Israel ao norte e a leste, e com o Egito ao sul.

A ofensiva das forças israelenses ocorre em reação aos atentados brutais perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.400 mortos em cidades fronteiriças israelenses e em um festival de música. Por outro lado, a campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.670 na Faixa de Gaza.

Gaza vive “catástrofe humanitária sem precedentes”, diz ONU

Os ataques de Israel à Faixa de Gaza levaram a uma “catástrofe humana sem precedentes” no território palestino, disse neste domingo (15/10) a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

“Nem uma gota de água, nem um grão de trigo, nem um litro de combustível foi permitido na Faixa de Gaza nos últimos oito dias”, disse Philippe Lazzarini, comissário geral da UNRWA, a jornalistas.

“Façam o alerta de que, a partir de hoje, meus colegas da UNRWA em Gaza não estão mais conseguindo prestar assistência humanitária”, completou. “Na verdade, Gaza está sendo estrangulada e parece que a guerra neste momento perdeu sua humanidade.”

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, havia dito anteriormente que o fornecimento de água estava sendo retomado no sul de Gaza após conversas entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“Isso empurrará a população civil para o sul [da] Faixa”, disse Katz em comunicado, uma semana depois de Israel ter parado de fornecer água, combustível, alimentos e energia para todo o território como parte de um “cerco total” ao enclave palestino.

O município de Beni Suheila, no sul de Gaza, confirmou que o abastecimento de água foi retomado na região.

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Com ek (AFP)

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