Enfermeiros do DF fazem manifestação na Praça dos Três Poderes em frente ao Palácio do Planalto. Foto: Reprodução

Enfermeiros fazem ato no DF para reforçar necessidade de isolamento social: ‘Estamos morrendo’

Por Redação*

Com cruzes nas mãos, profissionais de saúde se reuniram na Praça dos Três Poderes. Vídeo mostra confusão com manifestantes vestidos de verde e amarelo.

Um grupo de enfermeiros e técnicos da área realizou um ato em Brasília, na manhã desta sexta-feira (1º) – Dia do Trabalhador –, para reforçar a necessidade da população cumprir o isolamento social. A manifestação, silenciosa, ocorreu em frente ao Palácio do Planalto.

Usando jaleco e máscaras, os profissionais de saúde seguravam cruzes em referência aos mortos por coronavírus no país. “Estamos morrendo na luta contra a Covid-19”, disse a enfermeira Marcela Vilarim.

“Estamos deixando de ser força de trabalho para virarmos pacientes do sistema de saúde. A gente precisa de mais do que palmas, precisamos de valorização, de respeito e isso passa pela manutenção do isolamento social.”

Ainda segundo os organizadores, a manifestação foi “em defesa do SUS e em defesa dos profissionais de enfermagem”. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), sem contar com os médicos, 860 mil profissionais da saúde atuam em hospitais, clínicas, unidades básicas em todo o país.

Confusão

Durante o ato, houve confusão, por volta das 9h30. O grupo registrou o momento em que um homem vestido de verde e amarelo começa a filmar os profissionais. Em seguida, ele se exalta, chama uma enfermeira de “analfabeta” e segura a mulher. Ele é contido pelos enfermeiros.

https://g1.globo.com/df/video/video-mostra-confusao-com-manifestante-vestido-de-verde-e-amarelo-8524290.ghtml

Em outra gravação (veja acima), o homem chama a enfermeira de “medíocre” e aponta o dedo para o grupo.

Profissionais de saúde

Segundo um levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a pandemia do novo coronavírus já provocou mais de 7 mil afastamentos do trabalho.

Só nos serviços de enfermagem, 53 pessoas já morreram por causa da doença. Entre as queixas dos profissionais da saúde está a falta de estrutura. Mas o medo, as longas jornadas de trabalho e a grande pressão também atingem em cheio quem está na linha de frente do combate à Covid-19.

Ao todo, já são mais de 4,8 mil denúncias por falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para trabalhar, de acordo com o Cofen (Cofen).

*Da Redação do Agenda Capital e G1

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