Ricardo Vale, candidato a deputado distrital. Foto: Divulgação.

De acordo com Ricardo Vale, a atual legislatura da CLDF deixou de atender muitos anseios da sociedade

Por Adriano Paulino

O entrevistado desta semana pelo Agenda Capital, é o candidato a deputado distrital Ricardo Vale (PT). Casado com a professora Ana Cláudia, pai de três filhos, o ex-deputado distrital disputou seu primeiro mandato eletivo em 2014, sendo eleito deputado pelo Partido dos Trabalhadores com mais de 14 mil votos. Ele é irmão do presidente do Tribunal de Contas do DF (TCDF), conselheiro Paulo Tadeu.

Vale foi Diretor de Esporte e Lazer da administração regional de Sobradinho, assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, diretor do Departamento de Políticas Públicas do Ministério do Esporte e Subsecretário do GDF. Atualmente, é Secretário de organização do PT/DF, e assessor legislativo no Senado Federal,

Em entrevista concedida ao portal de notícias Agenda Capital nesta quinta-feira (15), Ricardo Vale afirma que nos primeiros dias de mandato como parlamentar na CLDF, pretende apresentar um projeto de lei para a criação do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira da Saúde (PDAF). De acordo com o ex-deputado, a criação do PDAF para a saúde, vai gerar autonomia financeira nas unidades de saúde pública do DF, e proporcionar maior agilidade aos processos.

Dentre as principais bandeiras que o candidato pretende defender na CLDF, estão: tarifa zero, passe estudantil ilimitado; erradicação do analfabetismo; construção do BRT Norte; fortalecimento da agricultura familiar; valorização dos servidores públicos; regulamentação do trabalho terceirizado no DF; Criação do PDAF para a saúde; incentivo a cultura, esporte e lazer, dentre outros.

Na Câmara Legislativa do DF, Ricardo Vale traz na bagagem algumas leis de sua autoria: Lei que tornou todos os assentos do transporte público preferenciais para idosos, gestantes, pessoas com deficiência e com criança de colo; Lei que obriga o GDF a comprar 30% da alimentação escolar da agricultura familiar; Lei de combate a homofobia; Lei que tornou o Rock do DF, patrimônio cultural e imaterial; Lei que criou a semana da promoção dos direitos humanos; Lei que permite as CPI’s populares; Lei que institui o programa da bibliotecas comunitárias em todo o DF; Lei que permite a Secretaria de Segurança Pública divulgar os índices e locais de maior violência contra mulheres, jovens, negros, LGBTs e moradores de rua.

Leia a íntegra da entrevista:

ACQual a sua avaliação sobre a atual legislatura da Câmara Legislativa?

RV – Não foi um parlamento que realmente representou a importância da Câmara Legislativa. Foi uma legislatura que deixou muito a desejar, deixando de atender vários anseios da sociedade. Espero que possa haver uma renovação na CLDF a fim de que os interesses da população estejam em primeiro lugar.

ACNa eleição de 2018 você obteve 7.909 votos. O que faltou para se reeleger?

RV – Vejo que aqui no DF sofremos muito com o impeachment da ex-presidente Dilma e a prisão injusta do presidente Lula. Isso atrapalhou muito nosso partido e nossos projetos a nível local e nacional. Além disso alguns erros que cometemos em função dessa conjuntura. Acabei ficando como primeiro suplente do PT e pela primeira vez o partido fez dois deputados distritais. Ficamos preso nas pautas nacionais e deixamos um pouco de lado a política local. Mesmo na nossa avaliação fizemos um bom mandato na CLDF. Costumo dizer que tivemos uma derrota eleitoral e não política.

ACA duas semanas para o encerramento da campanha, a federação que o PT/DF faz parte não conseguiu alavancar a campanha de Leandro Grass. Qual o motivo?

RV – O Leandro é um jovem, deputado de primeiro mandato, é um candidato ainda pouco conhecido pela maioria da população, porém é um candidato jovem e corajoso. As informações que dispomos, é que já é o segundo colocado nas pesquisas. Ainda pode crescer nesta reta de chegada. Se houver segundo turno, tenho certeza de que quem vai é o Leandro Grass, isso porque o Lula segue crescendo no DF.

ACSe houvesse um candidato mais alinhado com as fileiras do PT, você acredita que hoje o partido estaria mais bem pontuado nas pesquisas?

RV – Não tenho dúvida quanto a isso. Defendi no PT o nome do Geraldo Magela que é mais identificado com nosso partido. Tenho certeza de que com o crescimento do Lula no Brasil, teríamos garantido o Magela no segundo turno. É um nome consolidado, que tem a cara do PT, que iria defender o nosso legado. Mas decidimos pelo Leandro Grass que tá demonstrando muita capacidade de representar nossa federação e ajudar o Lula aqui no DF. O Leandro tem me surpreendido, assim como toda nossa federação. Se chegar no segundo turno, tem chances de até ganhar.

ACSe eleito, qual será sua principal bandeira na CLDF?

RV – Será cuidar das pessoas. A gente precisa se voltar mais para as pessoas. A saúde tem problemas, assim como a área social. Sabemos que aqui no DF somos muito impactados pela área federal. O nosso segundo mandato será muito mais voltado para a qualidade de vida das pessoas. O desemprego principalmente dos jovens me preocupa muito. O jovem termina o ensino médio não tem um curso de capacitação e eles ficam meio que perdidos, sem perspectiva de emprego. Pretendo criar políticas públicas que possam capacitar este público para as oportunidades no mercado de trabalho.

ACVocê ainda atua como dirigente de time de futebol?

RV – Sim. Inclusive voltei para o Sobradinho Esporte Clube, estou lá como vice-presidente. Quero atuar na melhoria do futebol profissional do DF, mas o que eu gosto mesmo é de ajudar o esporte amador, onde existe a maior quantidade de praticantes de futebol e outras modalidades esportivas. Tenho muito orgulho da lei do boleiro que aprovamos na gestão do governo Agnelo. Quero atuar muito no esporte que é um instrumento de inclusão social.

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Da Redação do Agenda Capital

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