O Ministério da Saúde admitiu nesta semana que o Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. Entre junho de 2010 e 2016 foram notificados quase 230 mil casos novos da doença, de acordo com o último boletim epidemiológico do governo. A situação foi qualificada como “epidemia” somente agora, mas vem se desenvolvendo há mais tempo.

A transmissão de gestantes para bebês é atualmente o principal problema. No ano passado, a cada mil bebês nascidos, 6,5 eram portadores de sífilis. Somente cinco anos antes, em 2010, esse número era de 2,4 bebês em cada mil nascimentos. Ou seja, a incidência da sífilis congênita praticamente triplicou em meia década.

Sífilis-epidemia -no-brasilUm alerta importante sobre o assunto é que sífilis pode provocar cegueira em bebês e adultos. Os bebês são alvo da doença já que a bactéria causadora da sífilis se multiplica na área genital infectada e, em poucas horas, se espalha pela circulação sanguínea e linfática.

 Além disso, adultos de diferentes faixas etárias podem desenvolver, por causa da sífilis, variadas doenças oculares. A uveíte – doença inflamatória ou infecciosa que pode acometer toda a úvea (camada intermediária do bulbo ocular altamente vascularizada e responsável pela nutrição do olho) ou qualquer uma de suas partes – é a principal delas. Potencialmente, esse comprometimento leva à perda de visão total ou parcial, caso não seja diagnosticado e tratada corretamente.

Da Redação do Agenda Capital

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