Investigadores cumprem 67 mandados de busca e apreensão no DF em cinco estados. O ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, é um dos alvos

Por Redação 

Promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagraram operação, na manhã desta quarta-feira (18/8), para apurar possível superfaturamento milionário em contratação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A ação tem apoio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

No total, são cumpridos 67 mandados de busca e apreensão no DF, nos hospitais de Base e de Santa Maria, e em cinco estados. O ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, é um dos alvos.

No Distrito Federal, os investigadores cumprem mandados no Hospital de Base, na Asa Sul, e no Hospital Regional de Santa Maria, unidades administradas pelo Iges-DF. A suspeita é de que ocorreram desvios milionários em contratos de empresas terceirizadas que forneciam leitos entre março e outubro de 2020, durante a pandemia de Covid-19.

Francisco Araújo e outros auxiliares chegaram a ser presos pela Operação Falso Negativo enquanto ainda comandavam a pasta por possível superfaturamento de testes de Covid-19. O caso tramita sob sigilo no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Falso Negativo

Francisco Araújo Filho chegou a ser preso e foi denunciado no âmbito da Operação Falso Negativo, que tramita na Justiça Federal, por compra de kits de testes de covid-19 a preços superfaturados e com qualidade duvidosa.

Manaus

O ex-secretário está em Manaus. Ele teria saído da capital ao ser procurado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 . Testemunhas relataram à Polícia Legislativa que ele teria “saído com malas” após a tentativa da intimação.

“Eu nunca despistei ninguém da CPI, nem sequer sabia que poderia ser intimado pessoalmente para depor. Tive autorização judicial para viajar e ficar com meus dois filhos, em Manaus. Emiti a passagem no dia 03 de agosto, para embarcar na noite de quinta (12/8), quando passei o dia fora de casa e voltei apenas para buscar minhas bagagens para ver meus gêmeos. Uma viagem dessa não de decide de uma hora para outra”, afirmou.

Segundo Araújo, o deslocamento foi deferido pela 12ª Seção Judiciária do Distrito Federal, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e poderia ser marcado dentro do prazo de 12 de agosto a 22 de agosto, que é a data prevista para o retorno à Brasília. A testemunha também afirmou que foi informado da convocação por um e-mail com data posterior à da decisão judicial vigente.

A operação foi batizada de Ethon e é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT.

*Com Metrópoles/G1

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