Campeão brasileiro e vencedor da Copa do Brasil fazem no Mané Garrincha, em Brasília, o que deve ser o primeiro grande jogo do ano. Os torcedores do Palmeiras e do Flamengo poderão entrar na Arena BRB Mané Garrincha a partir das 13h30.

Por Redação

Hegemônicos nos últimos anos no futebol brasileiro e sul-americano, Palmeiras Flamengo decidem quem vai levantar a primeira taça da temporada. Campeões dos principais campeonatos em 2023 e protagonistas há alguns anos, os dois disputam neste sábado, às 16h30, o título da Supercopa do Brasil no Mané Garrincha, em Brasília.

O torneio que reúne os campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil foi recriado pela CBF em 2020. O Flamengo participou das três edições desde a recriação. Foi campeão em 2020 justamente em cima do Palmeiras e 2021, enquanto que no passado ficou com o vice ao ser derrotado nos pênaltis pelo Atlético Mineiro. Grêmio (1990) e Corinthians (1991) foram os primeiros campeões. O Palmeiras busca sua primeira conquista.

A expectativa é de bom espetáculo em Brasília, repetindo o que fizeram no mesmo Mané Garrincha há dois anos. Na ocasião, houve empate por 2 a 2 com ótimo nível de apresentação dos dois, liderados por Raphael Veiga e Arrascaeta, os craques daquele confronto. Nos pênaltis, o Flamengo levou a melhor. É esperado que seja o primeiro grande jogo do ano.

A partida terá novidades em relação ao VAR: a primeira está na linha de impedimento, agora mais grossa, o que teoricamente colabora para jogadas de ataque; a segunda será a exibição das imagens de revisão em tempo real no telão do estádio.

Flamengo e Palmeiras na final da Taça Libertadores da América. Foto: Reprodução.

Nas arquibancadas da moderna arena reformada para a Copa do Mundo de 2014, haverá milhares de torcedores, cenário diferente do que se viu em 2021. Ainda com restrições decorrentes da pandemia, apenas convidados assistiram àquela partida.

O jogo deste sábado é uma oportunidade para o Palmeiras se vingar do revés na Supercopa de 2021 e para o Flamengo uma chance de ganhar do oponente que o derrotou na final da Libertadores do mesmo ano. Quem ganhar vai desempatar o retrospecto em decisões. São dois títulos para cada.

Além da Libertadores em Montevidéu, o Palmeiras levou a melhor na final da Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo de 1942 em cima do rival carioca. O Flamengo conquistou a Copa Mercosul de 1999 sobre o adversário paulista.

Cada um fez três jogos com seus titulares antes da decisão deste sábado. O Flamengo é apontado como favorito porque fortaleceu o seu já qualificado elenco, enquanto que o Palmeiras perdeu dois de seus mais importantes titulares, Danilo e Gustavo Scarpa, e não buscou reposições por enquanto.

A ausência de reforços deixou a Mancha Alviverde, principal organizada do clube, irritada. A torcida está em pé de guerra com a presidente Leila Pereira, que rompeu com a uniformizada. O muro do clube foi pichado na última segunda-feira. As atuações ruins nos primeiros jogos do Paulistão também incomodam os palmeirenses. O time sofre para se encaixar sem Danilo e Scarpa.

Os palmeirenses confiam no fenômeno Endrick, que jogará aos 16 anos em sua terra natal pela primeira vez desde que se tornou profissional, e no técnico multicampeão Abel Ferreira. O português trata com ironia os protestos da torcida neste início de temporada.

“Nos últimos dois anos que estou aqui tem sido assim. No final, vai ver que coisa boa vai acontecer”, previu o técnico, após a vitória sobre o Ituano.

Foto: Reprodução

Do outro lado está Vítor Pereira, que nunca venceu seu compatriota. Comandando o Corinthians, sofreu três derrotas para o Palmeiras de Abel. Agora, depois do que os corintianos consideram traição, o português busca seu primeiro título no País depois de ser vice da Copa do Brasil com o Corinthians justamente para o Flamengo em 2022.

“A decisão de acertar com o Flamengo foi essencialmente com base na possibilidade de lutar por tantos títulos”, disse ele quando chegou ao Rio. “Só se eu estivesse em outro mundo é que não pensaria no que esse projeto poderia me trazer no ponto de visto profissional”.

REORGANIZAÇÃO

Receitas na casa do bilhão. Programa de sócios-torcedores em franco crescimento. Média de público e bilheteria altas. E, claro, títulos. Não à toa, Palmeiras e Flamengo fazem a final da Supercopa do Brasil deste sábado (28), em Brasília, como as equipes que dominam a América do Sul desde 2015.

“São dois clubes que cresceram dentro e fora de campo por caminhos diferentes, mas que estruturam a gestão de forma profissional”, aponta Jorge Braga, ex-CEO da SAF do Botafogo. “Essa capacidade financeira fora das quatro linhas se transforma em potencial de contratação de jogadores e comissão técnica, o que consequentemente se transforma em competitividade”.

A hegemonia só foi possível graças ao processo de reestruturação financeira pelo qual passaram as duas equipes. O Flamengo começou esse processo em 2013 e o Palmeiras, em 2015. Elas se organizaram e hoje orgulham-se de disputar e vencer títulos com frequência.

“A diferença é a gestão, apostar na consistência no lugar da conveniência. Ao longo do tempo, os resultados dentro e fora de campo vão surgir. E como o melhor marketing é a vitória, os bons negócios consequentes do desempenho positivo em campo são mais frequentes e perenes”, analisa o especialista em novos negócios do esporte, Armênio Neto.

A CBF vai implementar uma novidade em relação ao protocolo do VAR na Supercopa do Brasil. A tecnologia contará com uma atualização do sistema das linhas de impedimento que vai favorecer os ataques.

Na prática, segundo a comissão de arbitragem da CBF, o procedimento garante maior margem de segurança no processo de revisão. Assim, nas jogadas de impedimento nas quais o VAR for acionado, caso as linhas para definição da posição dos jogadores se sobreponham, uma linha azul será visualizada e o atacante será considerado em posição legal.

Em tese, a medida beneficia os atacantes e tende a diminuir a quantidade de gols anulados por impedimento.

“A nova tecnologia proporciona maior justiça desportiva em situações milimétricas. Entendemos que dessa maneira as decisões dos árbitros estarão dentro das expectativas do futebol brasileiro”, acredita o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme.

PALMEIRAS X FLAMENGO

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino, Zé Rafael e Raphael Veiga; Dudu, Rony e Endrick. Técnico: Abel Ferreira.

FLAMENGO: Santos; Matheuzinho, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro; Gabriel e Pedro. Técnico: Vítor Pereira.

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Com informações do Agenda Capital e Estadão

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