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Estatal cortou preços dos litros da gasolina e do diesel às distribuidoras em R$ 0,40 e R$ 0,44, respectivamente. Consumidores sentirão economia em maio e junho, mas efeito na taxa de inflação será limitado, dizem economistas

Por Redação

Conforme anunciado pela estatal na véspera, o litro da gasolina às distribuidoras terá corte de R$ 0,40, passando para uma média de R$ 5,20. O preço de diesel foi reduzido em R$ 0,44, custando uma média de R$ 5,18.

Já o gás liquefeito de petróleo (GLP) — o popular gás de cozinha — também teve redução de R$ 8,97 por botijão. A projeção da Petrobras é que o preço médio chegue a R$ 99,87. É a primeira vez que o botijão fica abaixo de R$ 100 desde 2021.

Em comunicado enviado à imprensa, a estatal explicou que as estimativas dos preços consideram as misturas obrigatórias de cada combustível — o diesel S10, por exemplo, é feito de 88% diesel e 12% de biodiesel, enquanto a gasolina tipo A é composta por 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.

“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”, disse a empresa.

A Petrobras anunciou na manhã desta terça-feira (16) o fim da PPI, adotada em 2016 durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

A mudança da regra era uma das promessas de campanha do atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo informou a estatal em fato relevante, “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Impacto por prazo curto

André Braz, economista e coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, estima que a queda no custo do gás de cozinha e da gasolina deverão contribuir, juntos, para uma redução de cerca de 0,3 ponto percentual sobre a inflação de maio e 0,3 ponto percentual sobre a inflação de junho.

Seu efeito será dividido entre os dois meses, em razão da redução de preço ter sido anunciada na metade deste mês, passando a valer, portanto, a partir do dia 17.

— Vai ser uma baita contribuição para segurar a inflação nesses dois meses. Mas uma parte dessa queda que a gente assiste hoje pode voltar em julho — diz Braz.

Braz explica que a mudança na alíquota de ICMS sobre combustíveis deverá levar a um aumento em torno de 10% e 12% do preço da gasolina – neutralizando o impacto positivo que a redução anunciada pela Petrobras exercerá sobre a inflação no ano.

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Da Redação do Agenda Capital/G1/CNN

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