Novo projeto promete trazer melhorias definitivas na rede de drenagem da região. Boa parte das obras deverá ser executada por método não destrutivo | Fotos: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília.

Empresa vencedora vai elaborar também as propostas urbanísticas e executivas das vias de ligação entre as avenidas Samdu e Comercial

Por Redação

O Governo do Distrito Federal (GDF) contratou nesta semana a empresa Rossetto Filho EPP para a elaboração e readequação dos projetos executivos de drenagem da Região Administrativa de Taguatinga. Conhecido como Drenar Taguatinga, o projeto estava engavetado há mais de 10 anos e, na atual gestão, é mais um que vai sair do papel.

Serão investidos R$ 2,8 milhões na revisão e readequação dos projetos de drenagem nas áreas de contribuição de 18 bacias de detenção situadas em Taguatinga. A empresa também deve realizar o apontamento de soluções para recomposição do pavimento asfáltico, meio-fio, sinalização viária e urbanismo de áreas determinadas. A empresa terá o prazo de 180 dias para concluir e apresentar os projetos.

Os serviços previstos no contrato incluem inspeções robotizadas, levantamento de interferências, estudos geológicos e geotécnicos e levantamento aerofotogramétrico com uso de drones, topográfico e cadastral, batimetria e estudo de concepção buscando a otimização da rede existente.

Além da drenagem, está prevista a elaboração dos projetos urbanísticos e executivos das vias de ligação entre as avenidas Samdu e Comercial. “Estes projetos, com a previsão de atendimento às normas de acessibilidade, vão proporcionar que o planejamento das futuras obras ocorra de modo que as vias que fazem a ligação entre a Samdu e a Comercial, hoje sem rotas acessíveis, possam vir a ser utilizadas com segurança pela população, eliminando-se os obstáculos à circulação atualmente existentes para os pedestres”, pondera o secretário de Obras, Luciano Carvalho.

Todos os projetos deverão apresentar, entre outros, o levantamento de quantitativos de serviços com os respectivos memoriais de cálculo, planilha orçamentária, caderno de especificação técnica e cronograma físico-financeiro.

“Somente com um projeto qualificado, conseguiremos realizar de forma eficiente e econômica esta obra grande e complexa, mas essencial para a qualidade de vida da população local”, comenta Carvalho.

Bispo Renato Andrade, administrador Regional de Taguatinga. Foto: Delmo Menezes / Agenda Capital.

De acordo com o administrador de Taguatinga, bispo Renato, “a drenagem de águas pluviais é uma necessidade na região. Taguatinga não tem bocas de lobo suficientes para escoar as águas. Estudos em relação a isso já estão em andamento. Isso significa mais qualidade de vida para a população”, destacou o administrador.

Entenda

Com o objetivo de atestar a atualidade e exequibilidade das obras, a Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF), conforme Portaria nº 108, de 09 de julho de 2019, revisa todos os projetos, depois de decorridos mais de 2 anos da data da aprovação ou da última revisão.

“Desta forma, considerando o tempo desde a entrega dos projetos executivos do Drenar Taguatinga, ainda em 2008, é necessária a atualização às normas vigentes, o que pode acarretar em alterações parciais ou totais dos projetos”, explica a engenheira Ery Brandi, subsecretária de projetos, orçamentos e planejamento de obras.

Ainda de acordo com a subsecretária, o projeto existente foi elaborado considerando galerias moldadas in loco, técnica construtiva considerada defasada. “A ideia é readequar o projeto existente com a previsão de uso de técnicas do Método Não Destrutivo (MND), como o tunnel liner, indicado para a realização de obras subterrâneas em diferentes tipos de solo, especialmente em áreas urbanas, sem interferência com a superfície”, detalha.

Segundo ela, “a execução de galerias moldadas in loco traria um constante transtorno para a população e grandes entraves na circulação e no desenvolvimento econômico de Taguatinga, principalmente nas avenidas Samdu, Comercial Norte e Central e, por consequência, nas demais áreas das cidades”.

*Com informações da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF

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