De acordo com alto funcionário do grupo terrorista, o Hamas vai aceitar a retirada das tropas israelenses em gaza em troca dos reféns detidos pelas duas partes.

Por Redação

O alto funcionário do Hamas Sami Abu Zuhri anunciou que o grupo terrorista aceitou a resolução de cessar-fogo aprovada nessa segunda-feira (10) pelo Conselho de Segurança da ONU. Agora, eles querem negociar os termos, dizendo que cabe aos Estados Unidos garantir que Israel cumpra a decisão. A afirmação foi feita em entrevista à Reuters.

De acordo com ele, o Hamas vai aceitar a retirada das tropas israelenses em gaza em troca dos reféns detidos pelas duas partes.

Saiba como foi votação

Em uma primeira fase, o plano prevê cessar-fogo com duração de seis semanas, com recuo das forças de Israel das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza, e libertação de reféns sequestrados durante o ataque do Hamas e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

O objetivo final é alcançar uma conclusão permanente do conflito.

Embora o presidente americano Joe Biden tenha afirmado que o plano surgiu de Israel, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que pretende continuar a guerra até acabar com o Hamas.

Em março, o Conselho de Segurança da ONU já havia aprovado uma resolução de cessar-fogo imediato na guerra, que não foi seguida por Israel e nem pelo Hamas.

Membros da família e apoiadores exigem a libertação imediata dos reféns sequestrados durante o ataque mortal de 7 de outubro, enquanto protestam do lado de fora de uma reunião com a presença do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

A guerra começou quando militantes palestinos liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel vindos de Gaza, em 7 de outubro, matando mais de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 como reféns, segundo registros israelenses.

A retaliação aérea e terrestre de Israel em Gaza matou mais de 37 mil palestinos, disse o Ministério da Saúde de Gaza, e reduziu a maior parte do estreito enclave costeiro a um terreno baldio, com desnutrição generalizada.

A proposta de Biden prevê um cessar-fogo e a libertação de reféns em troca de palestinos presos em Israel em etapas, levando em última análise ao fim permanente da guerra.

Israel disse que concordará apenas com pausas temporárias na guerra até que o Hamas seja derrotado, enquanto o Hamas respondeu que não aceitará um acordo que não garanta o fim da guerra.

Blinken, falando aos repórteres antes de partir para a vizinha Jordânia, também disse que as suas conversações também abordaram os planos para o dia seguinte para Gaza, incluindo segurança, governação e reconstrução do enclave densamente povoado.

“Temos feito isso em consulta com muitos parceiros em toda a região. Essas conversas continuarão… é imperativo que tenhamos estes planos”, disse ele.

Na Faixa de Gaza, na terça-feira, os palestinianos reagiram com cautela à votação do Conselho de Segurança, temendo que esta pudesse revelar-se mais uma iniciativa de cessar-fogo que se revelaria infrutífera.

“Só acreditaremos quando virmos”, disse Shaban Abdel-Raouf, 47 anos, uma família deslocada de cinco pessoas que se abriga na cidade central de Deir Al-Balah, um alvo frequente do poder de fogo israelense.

“Quando nos disserem para arrumar os nossos pertences e nos prepararmos para regressar à Cidade de Gaza, saberemos que é verdade”, disse ele à Reuters através de uma aplicação de chat.
Com Reuters/G1

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