Por Redação*

Se a informação parece pouco surpreendente, pense no século 20. Apenas 22 anos atrás. A cultura dos mil e novecentos foi inteiramente construída por estas duas indústrias. O cinema e a música desenharam a moda de oito décadas, inventaram o comportamento jovem, definiram beleza e produziram os ícones que marcam nossas memórias. É pela música que tocava no momento que lembramos de beijos, abraços, conversas. É pelos filmes que passaram que nos sentimos nostálgicos do tempo vivido.

Não faz muito que videogames eram pixelizados, imagens nada nítidas formadas por quadradinhos em movimento na tela. E hoje explodiram em múltiplas categorias. Estrelas de Hollywood, ambientes hiperrealistas, orçamentos na casa de centenas de milhões de dólares. Ou jogos de momento, daqueles que basta tirar o celular do bolso para gastar rapidinho os cinco minutos de fila. Simuladores de guerra, simuladores de esportes.

Na última semana, a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard por quase US$ 70 bilhões. A segunda maior companhia em valor de mercado dos EUA, US$ 2,2 trilhões na bolsa, anunciou sua maior aquisição da história. E comprou um estúdio de videogames que, quando fundado na virada dos anos 1970 para 80, tinha um mote principal: transformar quem desenhava os jogos em estrelas de rock. Não havia ainda MTV. Demorou, mas aquela ambição se concretizou.

De assistentes virtuais a robôs, há consequências psicológicas para nós humanos. E, ainda assim há uma demanda crescente por estes bichos autônomos, com modelos de toda sorte que incluem os ultrarrealistas. Até que ponto esse tipo de vínculo pode alterar nossos padrões de comportamento?

E vamos falar de BBB. Big Brother Brasil. O reality já não é mais o mesmo que era há duas décadas. Anunciantes medem o engajamento nas redes sociais para decidir em que participantes investir, sempre sob o risco de sofrer com eventuais represálias e cancelamentos. No tempo dos contratos de publicidade milionários e da disputa por seguidores nas redes, o R$ 1,5 milhão do prêmio final é cada vez menos relevante.

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*Com informações do Meio

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