O médico e cofundador da CorNeat, Gilad Litvin, relatou a emoção de presenciar a cura do paciente se concretizar

Por Redação

Vítima de cegueira há uma década, um homem de 78 anos teve a visão completamente restaurada por uma invenção científica inovadora. Por meio de um transplante de córnea sintética desenvolvida pela empresa israelense CorNeat Vision, o paciente conseguiu reconhecer seus familiares e ler um texto logo um dia após a cirurgia.

Denominada Kpro, a córnea artificial se integra à parede ocular, estimula a proliferação celular e dispensa a necessidade de doação de tecido humano. Sua implementação é ainda mais simples do que o transplante de córnea humana, e o próprio processo de cicatrização integra o implante ao globo ocular.

O primeiro paciente a testar a técnica foi operado no dia 3 de janeiro, no Rabin Medical Center, pelo professor Irit Bahar. Ele já havia passado por quatro transplantes de córnea humana, mas nenhuma delas foi eficaz na recuperação de sua visão.

O médico e cofundador da CorNeat, Gilad Litvin, relatou a emoção de presenciar a cura do paciente se concretizar: “Havia muitas lágrimas no quarto”, disse.
Até o momento, dez novos voluntários estão previstos na nova fase de testes da KPro, além de outros pacientes no Canadá, na França, nos EUA e na Holanda.

Com o tempo, e caso a KPro venha a ser aprovada pelos órgãos médicos para uso em cirurgias, ela pode vir a se tornar barata o suficiente para se tornar um insumo básico nos programas de saúde pública do mundo todo, Brasil incluso, vindo a se tornar uma chance maior para muitos recuperarem a visão.

Embora ainda haja muito progresso a ser feito, a córnea sintética representa uma área promissora de pesquisa que poderá ter um impacto significativo na saúde ocular e no tratamento de doenças relacionadas à córnea no futuro.

Da Redação do Agenda Capital

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