Ex-presidente falou ao Estadão. Ele foi alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta, se diz perseguido e afirma que motivo da operação é ‘incógnita’

Por Redação

Alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (08), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse não ter clima para fazer nada. Ele continuará na casa em que passa férias na Região dos Lagos, no litoral do Rio, aguardando as orientações dos advogados. “Estou à disposição dos advogados, o que eles decidirem fazer eu faço. Estou sem clima. Estou em casa, não vou pescar, não vou fazer nada”, afirmou em conversa por telefone com a Coluna do Estadão.

O ex-presidente precisa entregar à Polícia Federal seu passaporte, que está em Brasília, porém não tem previsão de viajar à capital federal. Seu assessor Tércio Arnaud Thomaz, também alvo da operação, buscará o documento.

Bolsonaro afirmou não saber o motivo da ser alvo da operação da PF desta quinta-feira. “Vamos buscar acesso ao inquérito, do que se trata. Por enquanto está uma incógnita aqui. Não tenho acesso ao que é, qual o motivo da busca e apreensão e o que está sendo investigado”, lamentou. Também voltou a reclamar de perseguição: “Me perseguem o tempo todo”.

O ex-presidente ressaltou, ainda, não ter ideia do que ocorreu com os militares que estão no foco da ação da PF. “Não sei o que aconteceu com Braga Neto, Heleno e Paulo Sérgio. Sei que está preso preventivamente o coronel Câmara, mais um que eu perco aqui, estou sem quatro pessoas ao meu lado”, disse.

A operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim) apura a organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, e mira aliados do ex-presidente, como Braga NettoAugusto HelenoAnderson TorresValdemar Costa NetoPaulo Sérgio Nogueira Almir Garnier Santos. Já foram presos Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente, Marcelo Câmara, coronel do Exército e também ex-assessor, e Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais do Exército. A operação atende medidas expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O ex-presidente relatou à reportagem que a abordagem da Polícia Federal foi respeitosa. “Não teve nenhum problema, ninguém de cara amarrada. Muito pelo contrário, achei os caras até constrangidos”, pontuou.

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Com Estadão

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