Líderes da Otan se reúnem nesta quinta-feira, 24, em Bruxelas para discutir novas ações contra a Rússia. Na foto, da esquerda para direita, pousam Kaja Kallas (Estonia), Joe Biden (Estados Unidos), Emmanuel Macron (França) e Boris Johnson (Reino Unido) Foto: Wolfgang Rattay / Reuters.

Cúpula da Otan deve anunciar novas sanções contra a Rússia e confirmar aumento de tropas militares no Leste Europeu

Por Redação*

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa nesta quinta-feira, 24, da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao lado de líderes europeus em Bruxelas. Os líderes chegam à reunião com a avaliação de que a Rússia não tem interesse em negociar um cessar-fogo na Ucrânia no momento e devem agir para aumentar as sanções contra o país.

A expectativa é que Biden e seus principais aliados anunciem planos para reduzir a dependência da Europa da energia russa, aumentem as sanções e movam mais tropas militares para o Leste da Europa. O conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse que Biden também discutirá “potenciais contingências” no caso de um ataque cibernético russo ou armas químicas.

Nesta quinta-feira, o principal diplomata da União EuropeiaJosep Borrell, afirmou que a Rússia não tem interesse em negociar um cessar-fogo na Ucrânia, já que as tropas não atingiram as metas militares. “Neste momento, a Rússia não quer sentar e negociar nada: o que quer é ocupar o terreno”, disse Josep Borrell, principal diplomata da União Europeia.

“Ele quer cercar a costa até a fronteira com a Moldávia e isolar a Ucrânia do mar. Quer negociar a sério apenas quando tiver assegurado uma posição de força”, continuou.

Preocupados com essa perspectiva, as nações da Otan devem concordar nesta quinta-feira, 24, em enviar equipamentos a Kiev para se defender contra ataques biológicos, químicos e nucleares. “Devemos garantir que a decisão de invadir um país independente soberano seja entendida como um fracasso estratégico que acarreta custos desastrosos para Putin e a Rússia”, disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ao Parlamento da UE.

Segundo Borrell, a União Europeia e seus aliados continuarão entregando ajuda militar ao exército ucraniano. “É importante porque tudo será decidido nos próximos 15 dias”, disse. “O que vai fazer história é a capacidade dos ucranianos de resistir.” Um carregamento de ajuda militar dos Estados Unidos avaliado em US$ 800 milhões também deve chegar à Ucrânia nesta sexta-feira, 25.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia já deslocou metade das crianças da Ucrânia, diz uma agência das Nações Unidas. No campo de batalha, o avanço de Moscou parou em torno da capital, Kiev. /WASHINGTON POST, THE GUARDIAN, REUTERS

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