Foto: Reprodução.

Por Delmo Menezes*

No carnaval, um dos acessórios mais utilizados nos bailes, são as máscaras. As pessoas usam para esconder a própria face e permitir diminuir as repressões sociais e assumir os mais diversos personagens e fantasias que elas queiram representar. As máscaras preferidas pelos foliões são: pierrô, arlequim e colombina. Elas são originárias do carnaval de Veneza na Itália, e satirizavam os integrantes da nobreza.

Se a máscara do ‘Coringa’ tem conotação pesada, sofrida e sanguinária, as outras representam a alegria e espontaneidade. É possível traçar um paralelo sobre o significado das máscaras usadas nas festas carnavalescas, para representar outra pessoa numa espécie de fantasia em torno da realidade.

E as máscaras que não caem!

São aquelas que as pessoas usam em sua vida cotidiana para esconder suas verdadeiras personalidades ou emoções. Estas máscaras podem ser um mecanismo de defesa ou uma forma de se adaptar aos padrões sociais. No entanto, ao esconder sua verdadeira essência, as pessoas acabam perdendo sua autenticidade e criando distâncias com os outros.

Muitas vezes, as pessoas não se dão conta de que estão usando máscaras o tempo todo e acabam levando uma vida insatisfeita e sem propósito. O medo do julgamento, da rejeição ou da vulnerabilidade é o que as faz manterem suas máscaras. No entanto, ao permitir que suas máscaras caiam, as pessoas podem se libertar dessas amarras e se conectar com os outros de forma mais autêntica e significativa.

No final, é importante lembrar que todos nós usamos máscaras em algum momento de nossas vidas, mas é importante reconhecer esses comportamentos e trabalhar para deixá-los de lado. Se libertar das ‘máscaras’ pode ser desafiador, mas também pode trazer muitos benefícios, como aumentar a autoestima, a confiança e a satisfação pessoal.

Mais cedo ou mais tarde, as máscaras ocultas vão cair, e trazer à tona a realidade, como por exemplo: A máscara do fingimento; do egoísmo; da rebeldia; da religiosidade; da falsa espiritualidade; do falso moralismo; do “EU”; da desobediência; da indignação; da desunião; da discórdia; do ódio; da leviandade; da avareza; da incredulidade, dentre outras.

E quando as máscaras caem, vem a surpresa! Não havia nada por baixo, só vazio, tudo ilusório, somente um ser fictício habitava ali.

Portanto, ao invés de buscar esconder nossa verdadeira identidade por trás de máscaras, devemos nos esforçar para sermos autênticos e honestos, tanto consigo mesmo quanto com os outros. Ao fazê-lo, poderemos viver uma vida mais plena e significativa, sem as amarras da farsa.

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*Delmo Menezes – Jornalista, teólogo, gestor público e editor-chefe do portal de notícias Agenda Capital

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