Ministro da AGU Jorge Messias, ligado a Igreja Batista, é uma das lideranças evangélicas que o presidente Lula confiou esta missão
Por Redação
Um encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com lideranças religiosas, a ser realizado em abril, está em fase de organização dentro do governo.
O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias encabeça a articulação governista junto com outras lideranças evangélicas e está incumbido dessa missão.
De acordo com informações da CNN, Messias avaliou que o momento é de “manter a rota do diálogo e limpar ruídos”.
O ministro frequenta a igreja Batista e tem pregado a pacificação do Planalto com os religiosos. No mês passado, ele representou o governo em um culto da Frente Parlamentar Evangélica, uma das maiores do Congresso e também fonte de oposição ao governo.
Além do ministro da AGU, Lula pediu ajuda à senadora Eliziane Gama (PSD-MA) ligada a Igreja Assembleia de Deus para tentar se reaproximar do segmento evangélico, após pesquisas indicarem que o presidente da República teve uma rejeição ainda maior neste segmento da sociedade.
Na quinta-feira da semana passada, a senadora Eliziane que é candidata à Presidência do Senado, esteve no Palácio do Planalto conversando com o ministro de relações Institucionais, Alexandre Padilha, tratando justamente de temas sensíveis às igrejas evangélicas.
O encontro do presidente da República com os religiosos ainda não está com formato definido. Mas a combinação de Lula e evangélicos em uma mesma foto ou conversa virou uma das maiores preocupações no governo.
Sob reserva, outro ministro de Lula respondeu à reportagem que o Planalto “jamais” dará essa briga (de relacionamento) por perdida.
Na avaliação de governistas, a complicada relação de Lula com lideranças evangélicas é agravada por rede de desinformação e mentiras; além da pressão de políticos opositores que estiveram na base de sustentação do governo passado.
As pesquisas recentes de opinião popular refletem que Lula vive um dos piores momentos com o setor evangélico. A Genial Quaest divulgou no início deste mês que o índice de desaprovação do presidente entre os evangélicos chegou a 62%.
Segundo uma fonte ligada ao Palácio do Planalto, está sendo considerada também a inclusão de uma forte liderança evangélica de Brasília para integrar a frente de aproximação com a comunidade evangélica.
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Da Redação do Agenda Capital