De acordo com o MST, o ataque foi perpetrado por cerca de 10 pessoas, que invadiram o assentamento com cinco carros e duas motos, disparando contra os moradores

Por Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, se desloque a Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, para acompanhar as investigações do ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O atentado, ocorrido na noite de sexta-feira (10), resultou na morte de três agricultores e deixou outras cinco pessoas feridas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitou neste sábado (11) que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para apurar o caso, alegando violação de direitos humanos. Conforme o ofício enviado à PF pelo ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, uma equipe de agentes federais, peritos e papiloscopistas foi deslocada ao local do crime para iniciar as investigações.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, neste sábado, 10 de janeiro, que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o ataque ao assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, no interior de São Paulo”, publicou Lula em sua conta no X.

Paulo Teixeira, que também se manifestou no aplicativo, afirmou: “Indo a Tremembé, a pedido do presidente Lula, para acompanhar as investigações do atentado que levou ao óbito de três agricultores do assentamento Olga Benário. No total foram oito atingidos”.

O ataque

De acordo com o MST, o ataque foi perpetrado por cerca de 10 criminosos, que invadiram o assentamento com cinco carros e duas motos, disparando contra os moradores. As vítimas fatais foram Gleison Barbosa, de 28 anos, Denis Carvalho, de 29, e Valdir Nascimento, de 52. Outras cinco pessoas ficaram feridas e estão hospitalizadas no Hospital Regional de Taubaté e no Pronto-Socorro de Tremembé.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Em nota, o MST denunciou que as famílias do assentamento enfrentam ameaças constantes devido a conflitos envolvendo especulação imobiliária na região, voltada ao turismo de lazer. Apesar de denúncias às autoridades, as intimidações persistem, segundo o movimento.

O caso gerou ampla repercussão e mobilização das autoridades federais. A PF continuará conduzindo as investigações para identificar os responsáveis ​​e apurar as motivações do crime.

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Da Redação do Agenda Capital

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