
Governadores acompanham com expectativa as mudanças no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, previstas para ocorrer somente após a eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro.
Por Delmo Menezes
A esperada reforma ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ocorrer somente após a definição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, marcada para o dia 1º de fevereiro. A reforma política busca fortalecer a articulação com o Congresso Nacional e garantir apoio à aprovação de pautas prioritárias.
Alterações estratégicas
Lula já sinalizou aos aliados sua intenção de fazer mudanças significativas na Esplanada dos Ministérios, com o objetivo de aumentar a eficiência da interlocução política. Hoje, o governo conta com ministérios liderados por representantes de diversos partidos, como MDB, PSD, Republicanos, PP, União Brasil e PT.
Os principais cotados para assumir as presidências das casas legislativas são o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e o senador Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado. Fontes próximas ao presidente indicam que os futuros presidentes das Casas serão consultados na escolha de novos ministros, reforçando o alinhamento político entre Executivo e Legislativo.
Possíveis Trocas
A expectativa é que os atuais presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sejam aproveitados no primeiro escalão do governo após deixarem suas cargas. Pacheco, por exemplo, é cotado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), substituindo Ricardo Lewandowski. Já Arthur Lira deverá assumir o Ministério da Saúde.
No Ministério da Defesa, José Múcio Monteiro já comunicou sua intenção de deixar o governo por motivos pessoais. O nome mais cotado para o posto é o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que acumula o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Outra mudança especulada é na Secretaria-Geral da Presidência, atualmente chefiada por Márcio Macêdo. A troca ganha força após a recente alteração na Secretaria de Comunicação Social (Secom), com Sidônio Palmeira assumindo o lugar de Paulo Pimenta. Há rumores de que Pimenta poderia ser realocado para a Secretaria-Geral.
Ajustes pós-eleição
Embora o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tenha sugerido que as mudanças poderiam ocorrer ainda em janeiro, fontes próximas ao Planalto afirmaram que Lula pretende esperar a conclusão das eleições no Congresso. A reforçar a decisão de alinhar os interesses do governo com os novos líderes do Legislativo, fortalecendo a base parlamentar para os próximos desafios.
Com as movimentações previstas, o cenário político em Brasília se prepara para uma “dança das cadeiras” que promete redefinir os rumores de governabilidade e da articulação política no terceiro mandato de Lula.
Governadores acompanham com expectativa as mudanças
A definição das lideranças no Congresso pode ter um efeito cascata, alterando não apenas a composição das secretarias estaduais, mas também o rumo das políticas públicas em todo o país, à medida que os governos estaduais se alinham às novas diretrizes do governo federal.
No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) deve promover mudanças em algumas secretarias, alinhando sua gestão às demandas do Centrão e fortalecendo sua base política.
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Da Redação do Agenda Capital