Em café da manhã com jornalistas, presidente exalta oportunidades abertas com o novo programa de crédito para MEIs, micro e pequenas empresas, celebra a ampliação do Pé-de-Meia e prevê crescimento econômico acima das previsões

Por Redação 

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula reuniu profissionais da imprensa em um café da manhã no Palácio do Planalto nesta terça-feira (23/4). Na conversa, abordou o recente lançamento do programa ‘Acredita’, que busca ampliar o acesso ao crédito no país aos Microempreendedores Individuais (MEIs) e às micro e pequenas empresas, e a expectativa de crescimento da economia brasileira, que conta com anúncio de quase R$ 130 bilhões de investimentos da indústria automobilística.

Veja alguns trechos da entrevista

E POR QUE O PAÍS VAI CRESCER? – Porque as coisas estão acontecendo. Eu posso desafiar vocês a estudarem o que aconteceu no Brasil nesses últimos 14 meses e vocês vão constatar que nunca antes na história do Brasil houve uma quantidade de políticas de inclusão social colocada em prática”, diz Lula . 

ARTICULAÇÃO COM O CONGRESSO — Estou convencido de que estamos numa situação de muita tranquilidade na relação com o Congresso Nacional. Não tem divergência que não possa ser superada. Todos os processos que o governo mandou para o Congresso foram aprovados. Eu estou convencido de que estamos numa situação de muita tranquilidade na relação com o Congresso Nacional.

O presidente Lula negou ontem que seu governo tenha problemas de relacionamento com o Congresso e que os episódios recentes são “coisas normais da política” durante café da manhã com jornalistas. “A gente não vai viver em uma eterna briga“. Porque se você optar pela briga não aprova nada. O país é prejudicado, vamos conviver com todo mundo”, disse. Ele não detalhou o encontro de domingo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizendo que se tratou apenas de uma “conversa” e não de uma “reunião”. “Eu sinceramente não acho que a gente tenha problema no Congresso. A gente tem situações que são as coisas normais da política. Vamos só lembrar um número. Nós temos 513 deputados e meu partido só tem 70. Nós temos 81 senadores e o meu partido só tem 9”, afirmou, destacando o fato de o PT ter minoria. 

ELEIÇÕES NA VENEZUELA — Na questão da Venezuela, está acontecendo uma coisa extraordinária. A oposição toda se reuniu. A oposição está lançando candidato único. Vai ter eleições. Eu acho que vai ter acompanhamento internacional sobre as eleições. Tem interesse de muita gente de querer acompanhar. E se o Brasil for convidado, participará do acompanhamento na perspectiva de que quando terminar essas eleições as pessoas voltem à normalidade. Ou seja, quem ganhou toma posse e governa. Quem perdeu se prepara para outras eleições. Eu fico torcendo para que a Venezuela volte à normalidade, para que os Estados Unidos tirem as sanções e a Venezuela possa voltar a receber de volta o povo que está deixando a Venezuela”.

MERCADO — Com todo o respeito ao mercado, eu gosto mais do Brasil do que o mercado. Eu quero mais bem ao futuro desse país do que o mercado. E o meu papel é fazer as coisas para que 203 milhões de brasileiros possam levantar todo dia de manhã, almoçar, tomar café, jantar, estudar. Então, não sou movido a mercado. Eu sou movido a soluções para o povo brasileiro. Sou movido por soluções ao povo pobre desse país, ao povo trabalhador, e à classe média, que é quem paga imposto de renda.

DIREITO DE GREVE — Ninguém será punido nesse país por fazer greve. Eu nasci fazendo greve. Então eu devo aos trabalhadores de São Bernardo o que sou hoje. Acho que é um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles pedem quanto querem, a gente dá quanto a gente pode. E aí tudo volta ao normal. E eu espero que todo mundo volte a trabalhar. A gente está fazendo muitos concursos. A gente quer regulação das carreiras. E as coisas aos poucos vão entrando nos eixos.

DEFESA DA DEMOCRACIA — Você não pode permitir que a negação das instituições prevaleça. As instituições que foram criadas para manter a democracia, por mais defeito que tenham, são extremamente importantes e precisam ser fortes. Nós estamos vivendo um novo período. Os setores de esquerda, os setores progressistas, os setores democráticos têm que se organizar, têm que se preparar. Estou tentando ver se a gente consegue fazer uma reunião com os chamados presidentes democratas, por ocasião da reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, para a gente definir uma estratégia de como vamos enfrentar o crescimento da extrema-direita e seus matizes. É um problema novo na política. E é um momento novo em que vale qualquer coisa, menos a verdade.

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Da Redação do Agenda Capital

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