PMRJ  afirma que sofreu resistência por parte dos funcionários ao tentar entrar no hospital a fim de localizar o médico plantonista

Por Redação 

Um médico urologista foi preso nesta sexta-feira (2) por homicídio culposo no Rio de Janeiro, após não atender uma paciente de câncer, 45 anos. Policiais militares o encontraram dormindo no hospital mais de cinco horas após a paciente dar entrada na instituição vomitando sangue, segundo relata o jornal “O Globo”. O médico pagou uma fiança de R$ 10 mil e foi liberado horas depois da prisão, mas ainda responderá por homicídio culposo e lesão corporal.

Segundo o jornal, os familiares disseram ter chegado ao Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro, por volta das 0h30 de sexta. O médico afirmou que a instituição não tinha atendimento específico para o caso, de acordo com a família, que disse que só conseguiu que ele pedisse um exame de sangue depois de insistência. O exame ficou pronto em duas horas, relataram os parentes, mas a paciente ficou sem atendimento por mais uma hora e meia depois disso, até que a família acionou a Polícia Militar (PM).

Em nota enviada à reportagem, a PM afirma que sofreu resistência por parte dos funcionários ao tentar entrar no hospital a fim de localizar o plantonista e o encontrou dormindo no alojamento dos funcionários. Ele se recusou a levantar, segundo os militares, e outra médica prosseguiu com o atendimento à paciente. 

Segundo o jornal “O Globo”, a profissional pediu uma tomografia para avaliar o caso e os policiais já estavam na viatura para ir embora quando foram chamados pela família novamente, pois a vítima voltou a vomitar sangue. Os militares retornaram ao hospital e viram diversos profissionais prestando suporte à paciente, menos o urologista. A paciente continuou a piorar e foi levada para outra sala, onde, desta vez, o médico estava presente. Em seguida, ele e outra médica comunicaram o óbito da paciente à família.

A mulher estava tratando um câncer de laringe e deixou o marido e duas filhas. De acordo com o relato da família reproduzido pelo jornal, ela teria sido levada, primeiro, a uma UPA, que disse não ter profissionais capacitados para o atendimento; depois, foi até um hospital municipal, que deu a mesma justificativa e, em seguida, ao hospital federal onde morreu. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou que ela foi atendida na emergência clínica do Hospital Municipal Souza Aguiar no dia 29 de novembro, mas teria deixado a unidade sem aguardar a conclusão de exames prescritos, o que é contestado pela família na reportagem de “O Globo”.

Da Redação do Agenda Capital

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