Médico infectologista Dr. Julival Ribeiro. Foto: Reprodução.

O futuro é sombrio para o nosso país e para o planeta. Portanto, nesse momento defendo qualquer vacina que seja aprovada no mundo“, disse o Dr. Julival Ribeiro

Por Delmo Menezes

Nesta terça-feira (02), o mundo foi surpreendido pelos dados revelados pela renomada revista científica britânica The Lancet, sobre a vacina russa Sputnik V, com grau de eficácia de 91,6% do imunizante em duas doses. A União Química, que é o parceiro industrial do governo russo na América Latina, entrou com o pedido de uso emergencial do imunizante junto à Anvisa para distribuir 10 milhões de doses. A agência, porém, pediu mais informações sobre a Sputnik V.

No início da manhã, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que “todas as vacinas” aprovadas pelo regulador de medicamentos da UE são bem-vindas, incluindo vacinas russas e chinesas.

O médico infectologista Dr. Julival Ribeiro, ex-Diretor do Hospital de Base do DF, tem acompanhado com “lupa” o avanço da Covid-19 no Brasil e no mundo. Segundo ele, as vacinas que foram aprovadas pelas principais agências reguladoras do mundo, como a EMA na União Europeia e a FDA nos Estados Unidos, não têm porque não serem aprovadas pela Anvisa no Brasil.

De acordo com o infectologista, nesse momento do avanço da pandemia e considerando as novas variantes que tem surgido, defende o uso de qualquer vacina, desde que seja aprovada no mundo, e publicada em revista científica reconhecida. Veja o que ele disse:

“Vivemos um momento difícil em relação a pandemia e sobretudo na região norte.  Sempre defendi a ANVISA pela sua seriedade e capacidade técnica. Temos que seguir os princípios e protocolos estabelecidos. Entretanto, estamos numa situação gravíssima no Brasil e com mais de 200 mil mortes. O futuro é sombrio para o nosso país e para o mundo. Portanto, nesse momento defendo que qualquer vacina que seja aprovada no mundo, publicada em revista científica de alto impacto e por países que tenha respaldo científico, que seja liberada, não só para uso no Brasil como em qualquer parte do mundo. Toda regra tem exceção. E o momento exige reflexão e flexibilidade para se evitar mais mortes”, afirma, o Dr. Julival Ribeiro.

Da Redação do Agenda Capital

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