Caixa Econômica Federal. Foto: Reprodução

Decisão foi divulgada em nota pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, logo após procuradores da força-tarefa Greenfield alertarem para a possibilidade de punição ao presidente

Por Redação

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou uma nota oficial há pouco informando que o presidente Michel Temer determinou ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi, que afastem quatro vice-presidentes do banco por 15 dias. De acordo com a nota, o prazo determinado é para que os executivos possam “apresentar ampla defesa das acusações”.

Conforme mostrou há pouco o Broadcast, o Banco Central recomendou que a Caixa Econômica Federal afaste os 12 vice-presidentes da instituição por suspeitas de corrupção. O posicionamento era contrário à decisão do presidente Temer, que insistia em manter os dirigentes no banco público para evitar conflitos com partidos políticos que indicaram os nomes para os cargos.

Oficialmente, o BC não comenta o assunto. A informação foi confirmada pelo Estado com fontes do Ministério Público Federal (MPF), que também defende o afastamento. O MPF deu 45 dias para que a Caixa cumpra a recomendação de retirar os executivos do comando do banco.

Os procuradores da Greenfield enviaram ofício à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que deve ser encaminhado ao presidente Temer, no qual alerta que Temer poderá ser responsabilizado por futuros crimes cometidos pelos VPs da Caixa a partir do dia 26 de fevereiro, prazo final dado pelo MPF para que o Planalto acate a recomendação.

A substituição dos vices da CEF, foi uma sugestão do Ministério Público Federal, em dezembro, baseada em uma investigação interna da Caixa que apontou influência política e possíveis crimes praticados pelos executivos.

Veja a lista de vices-presidentes afastados e o que diz a auditoria independente contratada pela Caixa sobre eles:
  • Antônio Carlos Ferreira – VP Corporativo

Disse que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o procurou para colocar três condições para sua manutenção no cargo: demitir Hermínio Basso, prestar contas sobre sua atuação e informar a ele todas as operações do banco acima de R$ 50 milhões

  • Deusdina dos Reis Pereira – VP de Fundos de Governo e Loterias

Em e-mails trocados com Mauro Lemos e Carlos Eduardo Bastos Nonô, negociou sua nomeação para cargo no conselho de administração da Cemig “mediante insinuação” de trocas de interesses em operação da companhia no banco

  • José Henrique Marques da Cruz – VP de Clientes, Negócios e Transformação Digital

Relatório interno apontou relações com Geddel Vieira Lima e Cunha, que tinham interesse sobre operações Marfrig/Seara e J&F. Eles esperavam sinalização de pagamento da J&F em razão de operação do conglomerado

  • Roberto Derziê de Sant’Anna – VP de Governo

Troca de mensagem de Cunha e Geddel apontam Derziê como intermediador de interesses de Henrique Constantino na Caixa. Joesley Batista afirma conhecer que ele está envolvido em “recebimento de pagamentos indevidos”

Da Redação com informações do Estadão

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