Ministro da Saúde Marcelo Queiroga em entrevista a imprensa. Foto: Walterson Rosa/MS

Decisão, que será anunciada nesta quarta (05), após 20 dias da Anvisa liberar doses pediátricas para público de 5 a 11 anos

Por Redação

BRASÍLIA — O Ministério da Saúde não exigirá receita médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. A autorização dos pais ou dos responsáveis será uma recomendação, não obrigatória como havia sido anunciado. As informações foram confirmadas por integrantes ligados à pasta.

A pasta fará o anúncio oficial nesta quarta-feira, em entrevista à imprensa, e detalhará o cronograma de entrega de vacinas. A previsão é que cerca de 3,7 milhões de dioses pediátricas cheguem ao Brasil em janeiro. O montante deve alcançar 20 milhões até o fim do primeiro trimestre.

Antes da aprovação, o ministério realizou uma consulta pública — medida inédita, não adotada para outras faixas etárias — de 24 de dezembro de 2020 até o último domingo. Na terça, a pasta apresentou os resultados numa audiência pública: a maioria dos participantes rechaçou a exigência de prescrição. Segundo a pasta, houve 99,3 mil respostas ao formulário.

Se, por um lado, o ministério pressionou pela apresentação do pedido médico, sociedades médicas, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) foram contrários.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Brasil deve receber os primeiros lotes na segunda quinzena deste mês. O governo de São Paulo anunciou que pretende começar a vacinar o público infantil daqui a três semanas. Já a cidade do Rio de Janeiro, a partir do dia 16. O início do calendário, contudo, depende da entrega das doses pediátricas por parte do ministério.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer no público de 5 a 11 anos em 16 de dezembro. A composição da vacinas infantis é diferente da dos adultos e contém um terço da dose. Para distingui-las, os frascos terão as cores laranja e roxa, respectivamente.

O imunizante infantil poderá ser armazenado por um tempo maior, de 10 semanas, de 2°C a 8°C que a destinada a adultos, com prazo de quatro semanas. O frasco terá 10 doses. Segundo a bula aprovada pela Anvisa, devem ser administradas duas doses, com intervalo de 21 dias.

“Nós nunca ficamos no escuro”

De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, o Ministério da Saúde nunca trabalhou no “escuro”. “Nós nunca ficamos no escuro porque os dados chegam ao Ministério da Saúde e são processados no âmbito da Secretaria de Vigilância em Saúde. Nós acompanhamos a evolução da pandemia em todos os estados e municípios do Brasil. Não estar público, não significa dizer que estamos trabalhando às escuras”. A declaração é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que se reuniu na manhã desta sexta-feira (31) com jornalistas para apresentar os dados sobre a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 e a situação epidemiológica da doença no Brasil.

Com G1 e Agenda Capital

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