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Mudanças no tratamento e aquisições de medicamentos geram economia e ampliam o acesso à saúde do país

Por Patrícia Brito

Em entrevista concedida à rádio do Conselho Federal de Farmácia, nesta quarta-feira, 07, o mestre Farmacêutico Emmanuel de Oliveira Carneiro, Coordenador do Componente Especializado do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde (DAF), apresentou a nova estratégia que a pasta adotou para corroborar o sucesso do Brasil no alcance da Organização Mundial de Saúde, OMS, na eliminação do vírus da Hepatite C,  até 2030.

Ações envolvidas no rastreamento de pacientes, disponibilização de diagnóstico, acesso a serviços médicos, campanhas educativas e de prevenção fazem parte do escopo de ações do Ministério da Saúde para o combate da doença.

Desde 2015, o ministério disponibiliza medicamentos para o tratamento ofertando o que há de mais avançado no arsenal terapêutico e trabalha em novos projetos qualificando o acesso aos pacientes portadores do vírus. A partir de agora, a meta é que todos os pacientes, independente do grau de fibrose, ou seja, a evolução da doença, recebam tratamento e cuidados proporcionando um acompanhamento mais próximo e eficaz.

Outra medida adotada é a alteração no modelo de aquisição dos medicamentos. Hoje, os fármacos são comprados e disponibilizados a um custo médio de 6 mil dólares. A ideia agora é o pagamento para tratamento integral, já que existe uma garantia de sucesso, comprovada por estudos baseados em evidências.

Dr. Emmanuel de Oliveira Carneiro. Foto: Agenda Capital

Essa diminuição do custo será pela metade utilizando nossa capacidade de negociação para qualificar e ampliar o acesso à saúde permitindo tratar mais pacientes com o mesmo orçamento, explica Dr, Emmanuel.

O coordenador ressaltou que os tratamentos são feitos de acordo com o genótipo do vírus e duram de oito a dezesseis semanas, dependendo da condição clínica do paciente e do medicamento utilizado.  Além disso, mencionou que a Hepatite C é uma doença silenciosa onde as pessoas convivem por décadas com ela sem perceber qualquer mudança em sua saúde e por isso é importante atentar-se com as diversas formas de transmissão que envolve procedimentos usuais de nossa rotina, como por exemplo, a partilha de objetos pessoais como escova de dentes, laminas, tesouras, alicates de manicure, seringas sem os devidos cuidados de biossegurança.

Como o teste para a hepatite C ainda não é um exame de rotina na prática médica, este fator contribui para o número inexato de pessoas infectadas no país. A OMS estima que, aproximadamente, 3% da população mundial esteja infectada e a grande maioria desse percentual não sabe. Por isso a importância de buscar a rede pública de saúde que oferece os testes gratuitamente sendo assim possível o sucesso do tratamento, caso seja necessário.

Da Redação do Agenda Capital

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