“Deixei esta terra há mais de 20 anos, e meu coração ansiava por este momento”, ele disse. “Sentem-se em silêncio, meus irmãos, e lembrem-se de Deus todo-poderoso”, disse Ahmed al-Sharaa, também conhecido como Abu Mohammed al-Jolani
Por Redação
O líder rebelde que ajudou a derrubar o regime de Bashar al-Assad foi nomeado primeiro-ministro interino da Síria, de acordo com relatos das principais agências internacionais de notícias. Mohammed al-Bashir ou Ahmed al-Sharaa como também é conhecido, usou um discurso televisionado para dizer que permanecerá no cargo até 1º de março de 2025 para liderar o governo de transição.
Al-Bashir liderou o governo rebelde da Salvação – que já governava partes do noroeste da Síria e Idlib – antes da ofensiva relâmpago nas últimas duas semanas. O governo da Salvação está ligado ao grupo islâmico Hayat Tahrir-al Shams, que liderou a derrubada do regime de al-Assad na Síria após 13 anos de guerra civil.
Quem é Mohammed al-Bashir?
O comandante do HTS tem 42 anos também conhecido como Ahmed al-Sharaa, nasceu em Riade, na Arábia Saudita, mas sua família é originalmente de Golã, uma região do sudoeste da Síria, anexada unilateralmente por Israel na década de 1970.
Nos últimos anos, Ahmed trabalhou para reformular sua imagem pública, afastando-se de seu parceiro de longa data, o grupo terrorista al-Qaeda.
Agora, aos 42 anos, o líder dirigiu seus combatentes em uma ofensiva impressionante que colocou sob seu controle a maior cidade da Síria. Com isso, ele reavivou a longa guerra civil do país e provocou a fuga do ditador Bashar al-Assad, cujo paradeiro é desconhecido.
A ofensiva e o papel de Ahmed al-Sharaa nesta liderança são evidências de uma transformação notável. O sucesso dele no campo de batalha é resultado de anos de manobras entre organizações extremistas, enquanto eliminava concorrentes e antigos aliados.
Ao longo do caminho, ele se distanciou da al-Qaeda, aprimorando sua imagem e a do grupo extremista que lidera, o “governo de salvação”, em uma tentativa de conquistar governos internacionais e as minorias religiosas e étnicas do país.
Com um discurso de pluralismo e de tolerância, os esforços de reformulação da marca de al-Golani buscaram ampliar o apoio público e a legitimidade de seu grupo.
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Da Redação do Agenda Capital