Por Dr. Cid Carvalhaes*

Saúde, vida sadia, conservação, prevenção de males, diagnósticos de doenças, seus tratamentos. Sempre se debateu bastante sobre Saúde. Vamos enfocar aqui, assistência à população.

Múltiplas vertentes se afiguram. Puericultura, quando nascemos, desenvolvimento de peso e altura, alimentação em progressão, programa de vacinação, cuidados com hábitos adequados de vida, alimentação, harmonia no viver, bons relacionamentos afetivos, familiar, conjugal, social, no trabalho. Atividades físicas regulares, com orientação pertinente, hobbies, divertimentos, consultas periódicas ao Médico, todos, anualmente com o Clínico Geral, Mulheres, também com o Ginecologista, homens, regularmente com o Urologista.

Saúde é um verdadeiro complexo, sua assistência, também. Antes do Constituição Federal de 1988, afiguravam-se 03 vertentes: estatal, através do até então INAMPS, atendimentos por instituições ditas de caridade, destaque para as Santas Casas de Misericórdia, atendimentos privados, enfermos e/ou suas famílias sustentavam gastos.

Promulga-se a Constituição Cidadã. Saúde, direito do cidadão, obrigação do Estado. Cria-se o SUS – Sistema Único de Saúde, completando 34 anos de eficiência no mês de setembro. Por ser primeiro, não é único. Corporações diversas, militares, civis, associativas com seus programas de saúde desvinculados do SUS. Intermediações por terceirizações cujo objetivo é a mercantilização da assistência à saúde.

Muito se fala do subfinanciamento, porém, não se tem controle convergente dos gastos com a saúde. Sim, problemas assistências ocorrem por distintas razões. Faltam insumos, aparelhagem, instrumental, medicamentos e, especialmente, recursos humanos consistentes. Médicos e demais profissionais de saúde exercendo suas atenções em precárias condições de trabalho e remuneração muito baixa.

Por outro lado, abusos por consultas desnecessárias, má utilização dos serviços de urgências, depredações do próprio Estado, judicialização desmesurada, enfim, todos contribuem para acirrar problemas.

O SUS persiste, apesar dos pesares, incólume. Atende, indistintamente, 210 milhões de pessoas. Procedimentos de alta complexidade, transplantes de órgãos, medicação de alto custo, vacinações, assistência à saúde da mulher, idoso, adolescentes, prevenção de gestações na adolescência, educação em saúde, capacitação funcional, enfim, grandioso em suas atuações.

SUS, uma das maiores conquistas do povo brasileiro. Vamos fortalecer o SUS cada vez mais!

*Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes – Médico neurocirurgião, advogado e escritor. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Presidente do Conselho Deliberativo da SBN, Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e Presidente da Federação Nacional dos Médicos. Especialista no Direito Médico e da Saúde e Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Direito da Escola Paulista de Direito. É Colunista do Agenda Capital.

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