Neymar corre no gramado após o jogo entre Brasil e Camarões. Foto: Reprodução.

Jogador intensifica sua recuperação, mostra a cara e os treinos no hotel e anima torcedor

Por Robson Morelli

O Brasil ficou mais animado com a possibilidade da volta de Neymar à Copa do Mundo. A imagem de seu treino no hotel, fazendo alguns exercícios leves, de tênis no pé direito e, aparentemente, sem sentir dores no tornozelo machucado, traz um alento ao torcedor da seleção. Principalmente depois do jogo fraco dos reservas contra Camarões na derrota de 1 a 0.

Havia muitas dúvidas sobre continuidade de Neymar na competição. Ele não foi cortado, começou seu tratamento no mesmo dia da estreia contra a Sérvia, dia 24, mas sempre correu contra o tempo para se colocar em pé novamente. Um dia antes ele apareceu na piscina do hotel. Antes disso ainda, na cama do quarto com o pé protegido e imóvel. Antes até, mostrando nas redes sociais o inchaço no local da pancada.

A cena agora é outra. Neymar voltou a sorrir e com ele seus seguidores. Além de Tite, claro Há esperança. Neymar foi até para o estádio ver o Brasil contra Camarões. Entrou no gramado, chutou bolas e fez algumas embaixadas. Foi mostrado pela TV e no telão do campo. Provocou frisson. Parecia mais esperançoso. A sua fisionomia era muita boa.

Mas não calçou chuteiras tampouco ficou no banco com os titulares (porque Tite mandou a campo formação reserva ontem). Andava sem mancar.

Os médicos da seleção trabalham com Neymar desde sua contusão e estão bastante cautelosos para informar sobre sua volta. Inicialmente, ele foi cortado do jogo com a Suíça. Depois, diante de Camarões. Nada ainda foi dito sobre as oitavas de final, apesar do pouco tempo que ele tem para segunda-feira, quando o Brasil encara a Coreia do Sul na primeira partida “perdeu volta para casa” da Copa do Catar.

Neymar não está dentro do jogo, mas ainda não está fora oficialmente. A decisão deve ser tomada amanhã. Rodrigo Lasmar segue o enredo do bom médico. Trata do paciente todos os dias e observa sua resposta e evolução. Dentro disso, comunica primeiramente aos seus pares e depois ao técnico Tite. Esse colegiado toma as decisões. Neymar também fala. Sua palavra vale muito. Na Copa do Mundo de 1998, depois de ter uma convulsão e parar no hospital em Paris, Ronaldo voltou a tempo da decisão contra a França e pediu para jogar. O técnico Zagallo ouviu seu camisa 9 e tirou Edmundo da relação inicial.

No caso de Neymar, a preocupação diz respeito nesse estágio de sua recuperação aos movimentos de jogo. Não é uma situação simples. Uma coisa é calçar o tênis e dar piques no hotel e bater na bola. Outra, bem diferente, é usar chuteiras e suportar 90 minutos de uma decisão de vaga. Há toda uma preocupação com os movimentos do jogo, com as pegadas dos rivais sul-coreanos e com o bater na bola mais firmemente. Antecipar a volta e não dar certo, significaria fim de linha para ele no Catar.

Siga o Agenda Capital no Instagram>https://www.instagram.com/agendacapitaloficial/

Com Estadão

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here