O famoso "quebra-queixo" dos jornalistas.

Por Delmo Menezes*

A sã exegese nos ensina que antes de fazermos qualquer julgamento sobre determinado assunto (texto, noticiário, artigo, prosa, matéria, etc..), devemos antes de tudo observar o contexto em que determinada notícia foi veiculada.

Às vezes, alguns setores da imprensa, tem o costume de noticiar trechos isolados de falas de autoridades, e fazer ao seu bel prazer uma exegese totalmente errônea, fora de um contexto, de modo a se adequar aos seus próprios propósitos.

Dá mais “ibope”, tirar uma frase do contexto, e de maneira sensacionalista, colocar imediatamente na mídia, sem o devido cuidado de fazer uma análise mais aprofundada, e até mesmo, verificar em que circunstâncias, determinados temas foram abordados. Ao expressar tal sentimento, geralmente a autoridade diante de uma urgência para resolver rapidamente o problema em questão, se expressa de modo contundente, dando margem a má interpretação.

Humpty Dumpty dizia: “Quando uso uma palavra significa só o que eu decido que signifique, nem mais nem menos. A questão é saber se podes fazer que as palavras signifiquem tantas coisas diferentes. O fato é saber quem manda, isso é tudo”.

Um texto só tem sentido diante do seu contexto. Sem o contexto, tudo fica muito vago, e podemos dar a interpretação que quisermos. Assim textos sem contextos são ótimos para serem manipulados a favor de quem os dita.

*Delmo Menezes – Jornalista, teólogo e gestor público

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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