O inquérito aponta que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família 

Por Redação*

A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24), nove pessoas pelo envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, executado com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019.

Segundo a força-tarefa da Operação Lucas 12, a viúva, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), é a mandante do crime. Ela não pôde ser presa por causa da imunidade parlamentar.

Com a operação Lucas 12, chega a sete o número de filhos presos no caso.

Os agentes estão em endereços na capital do Rio, em Niterói e São Gonçalo, na região Metropolitana do Rio, e em Brasília, no Distrito Federal. 

O pastor Anderson do Carmo foi assassinado dentro da própria casa no bairro Badu, em Niterói, no dia 16 de junho do ano passado.

Na ocasião, a esposa da vítima, a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, relatou em depoimento à imprensa que o pastor teria sido morto durante um assalto. Ela informou ainda que eles tinham sido seguidos por suspeitos em uma moto quando retornavam para casa.

Presos na Operação Lucas 12

A polícia assim dividiu a participação na morte de Anderson: 

Marzy Teixeira da Silva (filha adotiva): cooptou Lucas para matar o Pastor Anderson. Também participou dos envenenamentos;

Simone dos Santos Rodrigues (filha biológica): responsável pelos envenenamentos. Simone buscou informações sobre uso de veneno na internet;

André Luiz de Oliveira (filho adotivo): ex-marido de Simone, foi flagrado em conversas com Flordelis combinando o envenenamento;

Carlos Ubiraci Francisco Silva (filho adotivo): pastor, é citado por participação no planejamento da morte;

Adriano dos Santos (filho biológico): auxiliou no episódio da carta falsa;

Flavio dos Santos Rodrigues (filho biológico): apontado como autor dos disparos, já estava preso e teve um mandado de prisão expedido nesta segunda;

Rayane dos Santos Oliveira (neta): buscou por assassinos para as tentativas anteriores, como Lucas.

Marcos Siqueira (ex-policial): auxiliou no episódio da carta falsa e já estava preso com mais um mandado de prisão expedido nesta segunda;

Andreia Santos Maia (mulher do ex-policial): auxiliou no episódio da carta falsa.

Além desses nove, foram denunciados: 

Flordelis dos Santos de Souza: por homicídio triplamente qualificado; tentativa de homicídio duplamente qualificado; associação criminosa majorada; uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica;

Lucas Cezar dos Santos (filho adotivo): associação criminosa — já estava preso;

O crime

O crime ocorreu na noite de 16 de junho de 2019. Anderson do Carmo foi morto, com mais de 30 tiros, na garagem da casa onde morava com a família, em Pendotiba, Niterói. 

Para a polícia, ficou evidenciada a intenção de matá-lo, sem que Anderson tivesse a chance de reagir. 

Segundo a perícia, o pastor levou mais dois tiros após cair baleado no chão — um na lombar e outro no ouvido direito. A informação está no laudo da reconstituição do caso. 

Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, é apontado como autor dos disparos que mataram o pastor. Ele foi preso no velório do padrasto. 

Já Lucas dos Santos de Souza, preso horas depois do irmão, é acusado de ter conseguido a arma do crime. 

A pistola foi encontrada na casa da deputada. O telefone celular do pastor nunca apareceu. 

Flávio e Lucas foram denunciados por homicídio triplamente qualificado(por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), com pena prevista de 12 a 30 anos.

Com informações do G1 e Painel

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