Nesta terça-feira (03), um hotel abandonado no centro da capital do país, avaliado em 35 milhões, que leva o nome de “Torre Palace Hotel”, ocupado pelo Movimento Resistência Popular (MRP), há 07 meses, foi alvo de um triste episódio, que por pouco não terminou em tragédia.

Por ocasião da passagem da “tocha olímpica” por Brasília, o movimento resolveu radicalizar para chamar atenção das autoridades. Num gesto de total irresponsabilidade dos seus líderes, resolveram atear fogo em pneus na cobertura do hotel, provocando desespero aos hóspedes dos hotéis vizinhos, e aos próprios invasores.

Segundo declarações dos seus ocupantes, o protesto foi para chamar atenção dos governantes pela não demolição do prédio, que está ocupado pelo Movimento de Resistência Popular (MRP), Frente Nacional de Luta (FNL) e moradores de rua, desde outubro do ano passado.

Helicópteros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros sobrevoaram o local e identificaram que o fogo era controlado pelos próprios manifestantes. Equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar estavam de prontidão para qualquer eventualidade.

A polícia informou que, inicialmente, a intenção dos ocupantes seria interditar a via N1 do Eixo Monumental, por volta das 5h da manhã de hoje, local onde passaria a Tocha Olímpica. Porém, com a alteração do trajeto do símbolo, os manifestantes atearam fogo no edifício para chamar a atenção do Governo do Distrito Federal (GDF) e de equipes de segurança.

O imóvel é fica em área nobre de Brasília, próximo a alguns dos principais cartões postais de Brasília, como a Torre de TV e o Estádio Mané Garrincha, e vista para a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional e a Catedral de Brasília. O espaço também funciona como ponto de encontro para usuários de crack.

Desocupação
Em fevereiro, o Tribunal Regional do Trabalho determinou que o hotel fosse leiloado em 28 de março de 2016. Os proprietários deviam R$ 120 mil em multas por descumprimento de acordo com o Ministério Público do Trabalho, depois de constatada dívida com os funcionários. A Justiça suspendeu o leilão no início de março.

Dias depois, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal entrou com ação contra a Torre Incorporações e Empreendimento Imobiliário Ltda., dona do hotel. No documento, o governo alega que o estado crítico do prédio coloca em perigo não apenas os invasores, “mas a sociedade brasiliense como um todo, pois oferece riscos de saúde, segurança e ordem pública”.

Segundo informações da área de segurança e do GDF, a qualquer momento o prédio deverá ser retomado pela polícia militar, conforme decisão judicial.

Da Redação

Delmo Menezes
Gestor público, jornalista, secretário executivo, teólogo e especialista em relações institucionais. Observador atento da política local e nacional, com experiência e participação política.

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