Por Reuters
(Reuters) – O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse na segunda-feira (20) que pode levar semanas, senão meses, até a cidade mais populosa do país reabrir devido à falta de testes generalizados, mesmo quando autoridades em outros lugares começaram a reverter as restrições à vida cotidiana.
De Blasio, cuja cidade está no epicentro da crise dos coronavírus nos Estados Unidos, disse que Nova York precisa realizar centenas de milhares de testes por dia e ver as hospitalizações diminuírem ainda mais antes de reabrir a economia.
“Poderíamos chegar lá, mas não podemos fazê-lo sem testes generalizados e até agora o governo federal ainda não consegue lidar com isso”, disse de Blasio no “Morning Joe” da MSNBC, acrescentando que acabar com o distanciamento social muito em breve poderia reacender o vírus.
“O governo federal, especialmente, precisa receber o memorando de que essa coisa não acabou e, se você fingir que acabou, só voltará a crescer e piorará as coisas.”
O aviso de De Blasio sobre os testes ecoou os comentários de vários governadores no fim de semana, contestando as alegações do presidente Donald Trump de que eles têm testes suficientes para o COVID-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
Os Estados Unidos têm, de longe, o maior número confirmado de casos de coronavírus do mundo, com mais de 750.000 infecções e mais de 40.500 mortes, quase metade delas no estado de Nova York, segundo um relatório da Reuters.
As diretrizes de Trump para reabrir a economia recomendam um recorde estadual de 14 dias de queda nos números de casos antes de levantar gradualmente as restrições. No entanto, o presidente republicano pareceu incentivar os manifestantes que querem reabrir mais cedo com uma série de posts no Twitter na sexta-feira pedindo que eles “LIBERAM” Michigan, Minnesota e Virgínia, todos dirigidos por governadores democratas.
Com informações da Reuters Internacional
